A Kaminhos publica hoje dois artigos sobre a questão dos fogareiros, um dos quais baseado em declarações prestadas por mim (como membro da Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável da Serra da Estrela, embora falando a título individual). Clique aqui para o ler.
O artigo tem algumas incorrecções menores, sem grande importância e que podem ser resultado de não me ter feito entender bem. Por exemplo, dá a ideia que eu considero que as máquinas estragaram de forma extensa as margens do Zêzere, coisa que não corresponde à verdade. Há estragos, de facto, mas são muito localizados ao sítio onde as máquinas fizeram as suas travessias. Critico o facto de terem andado com máquinas pesadas no Covão d'Ametade, mas, do mal o menos, tiveram o cuidado de usar sempre o mesmo trajecto. A minha ideia sobre os estragos cometidos no local está bastante bem explicada neste post. Não acho que a instalação destes fogareiros tenha sido o fim do Covão d'Ametade e não quero dar essa ideia.
Outra incorrecção na mesma linha é a de que critico os grandes estragos feitos ao "cervunal". Como acabei de explicar, não considero que os estragos feitos (que existem e são mostrados pelas fotos aqui e noutros sítios publicadas) sejam generalizados. E poderei eventualmente ter usado a expressão "cervunal". Mas duvido. É que, não sendo especialista, tenho alguma cautela na utilização de termos técnicos. Note que, nos posts anteriores, refiro-me apenas ao "relvão" (termo que poderá ter uma definição técnica precisa mas que uso sem essa pretensão), só falo de "cervum" no post em que recordo acontecimentos antigos, porque foi com esse termo que a minha memória (eventualmente imprecisa) fixou esses acontecimentos. Para que se saiba, não há cervunal no Covão da Ametade, assim o diz (e eu acredito, evidentemente) o Director do Parque Natural da Serra da Estrela, Engº Fernando Matos.
O artigo veicula a noção de que eu transmiti a posição da PDSSE. Acredito que essa posição não estará (quando for definida) muito afastada do que ali disse, mas acontece que a PDSSE, sendo constituida por muitas pessoas e associações dispersas pelo território nacional e sendo um organismo sem hierarquia definida, tem um ritmo lento na tomada de posições. Ainda não acabámos, na PDSSE, as discussões sobre este assunto. No mesmo registo está o subtítulo da notícia, «Amigos da Serra queixam-se de “impacto visual negativo”». Acontece que a Amigos da Serra da Estrela é uma associação cultural que, por acaso, integra a PDSSE e da qual, por acaso também, sou sócio. Mas, tanto quanto sei, a ASE não tomou qualquer posição sobre este assunto nem nenhum dos seus membros mais influentes prestou sobre ele declarações.
1 comentário:
Parabéns pelo bom artigo.É pena as incorrecções.. e tb os fogareiros. Quem + se hão de lembrar?
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