Grupo Pestana interessado no Sanatório
Negociações com o Governo e a Turistrela estão em marcha
A própria notícia dá conta dos avanços e recuos do interesse do grupo Pestana no edifício do sanatório. É interessante notar que os que ainda há um ou dois anos bradavam ao governo e aos céus pelo alegado incumprimento de obrigações por parte do grupo Pestana (ver aqui) ou anunciavam que iriam começar em breve a execução das obras sem a ajuda dos alegados incumpridores (ver aqui), são os mesmos que, pouco depois anunciaram com pompa e circunstância terem encontrado um novo parceiro no grupo Sheraton (ver aqui, aqui, e [incrível!] aqui), e os mesmos que agora puseram "em marcha" (imparável? Gloriosa?) novas negociações com os antigos parceiros! Aposto que em breve ouviremos os anúncios do início iminente dos trabalhos... Mais uma vez.
Estes são os considerados expoentes das forças vivas do turismo da nossa região, os potentes motores do desenvolvimento, os que nos vão arrancar da estagnação, os que vão acordar o gigante adormecido, aqueles a quem o governo atribuiu (há trinta e tal anos) uma concessão exclusiva do turismo e dos desportos (supostamente para durar mais trinta e tal anos), um monopólio como não existe mais nenhum na Europa, nestes tempos da hegemonia do pensamento neo-liberal... Perdoem-me mas, face aos factos, eu não concordo. Antes pelo contrário. Acho que a acção e as opções destas pessoas (e das que as antecederam nas posições que ocupam) são a parte principal dos problemas do turismo (e do ambiente) na Serra da Estrela.
Sobre este assunto, e para ver as voltas que o folhetim deu só nos últimos meses, pode ler este, este e mais este artigos aqui deste ainda jovem blog que é o Cântaro Zangado. Sobre a prioridade que dou à necessidade de obras no sanatório, leia este artigo.
2 comentários:
Há muito tempo que me apetecia dizer isto, por isso ainda bem que escreveste este texto...sempre que leio na imprensa regional os "comunicados" da turistrela que estão a negociar o futuro do sanatório com os grupos Pestana ou Sheraton, tenho logo uma certeza: aquilo não vai dar em nada, por um motivo bem simples!
É que o mínimo que se exige neste tipo de negociações é o secretismo; ora quando uma das partes vem gritar a plenos pulmões que está a negociar com estes grupos, estes percebem logo com que tipo de "profissionais" estão a lidar...
E qualquer "negociador" de grupos como o Pestana ou o Sheraton, não deverá ter dificuldade para perceber ao fim de 5 min. as qualificações de quem gere a turistrela.
Pois, Pedro, também me parece que o problema é mais esse... Aliás, como dizia aqui, "começo a suspeitar que talvez a dificuldade em encontrar parceiros se prenda principalmente com os termos da parceria proposta e com a qualidade do parceiro que a propõe."
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