quarta-feira, novembro 15, 2006

O final da história?

A história das fitinhas foi notícia hoje no Diário XXI e no Público. Não tive oportunidade de verificar eu mesmo (tentarei amanhã) mas, segundo pude ler, as fitinhas seriam removidas até ao meio dia de hoje, quarta feira, 15 de Novembro.
Óptimo! Fico contente por ver um claro e público empenhamento da Turistrela e do Marco Fidalgo (se bem que este já mo tinha demonstrado anteriormente, devo reconhecer) na resolução deste problema, de uma vez por todas. Noto também com agrado o interesse que a agência Lusa deu a este assunto.

As notícias merecem alguns comentários: Fernando Matos, o director do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), diz que este caso não é inédito. Pois não, veja-se aqui, por exemplo. Tristezas como esta são até bastante frequentes, o que torna ainda mais imprescindível a vigilância do PNSE.
Artur Costa Pais, administrador da Turistrela, justificou o atraso na remoção das fitas com o mau tempo, coisa que é difícil de entender dadas as amenas condições meteorológicas de que temos gozado neste Verão de S. Martinho. Por outro lado, afirmou, desvalorizando esta questão, "Temos coisas muito mais importantes com que nos preocupar em material turístico e ambiental na Serra da Estrela". É bem verdade. Ainda bem que Artur Costa Pais está consciente destes problemas. Não tinha a certeza disso, e reconheça-se que essas preocupações notam-se muito melhor aqui no Cântaro Zangado ou no Estrela no seu melhor do que nos discursos dos responsáveis da Turistrela ou nos seus empreendimentos.

Por fim, quero dizer que nada, mas mesmo nada, tenho contra as Mega-Avalanches, nem outras iniciativas deste género. Mas prefiro que limpem o lixo no fim. Faço o mesmo pedido aos organizadores de passeios pedestres e de provas atléticas, do Nevestrela, de encontros de escaladores, aos responsáveis pela passagem da Volta a Portugal, aos organizadores da rampa automóvel, etc, etc, etc. A serra dá para (quase) tudo. Mas tratemo-la bem.

E devo acrescentar: talvez se pudesse desculpar um comportamento mais displicente por parte de associações recreativas locais, ou de pequenos clubes desportivos de freguesia. Agora, da concessionária exclusiva do turismo e dos desportos na área da Serra da Estrela, devemos esperar uma preocupação com os detalhes que a façam merecedora da dita concessão.

Sem comentários:

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!