Zona do observatório meteorológico, perto das Penhas Douradas, Manteigas, no inicio do sec. XX (imagem tirada do Blog Manteigas).
Pousada de S. Lourenço, Manteigas, anos sessenta (!) (imagem tirada do blog Refúgio da Montanha).
Como se vê, há zonas da Serra que já estiveram pior (na minha opinião, bem entendido) do que hoje em dia. Como se vê, bastaram quarenta anos para mudar o aspecto da zona da Pousada de S. Lourenço. Valeu ou não a pena o que os serviços florestais fizeram nas Penhas Douradas? Para mim, a resposta é óbvia. O que é que podemos deixar aos nossos filhos, que eles venham a considerar que realmente valeu a pena? Para mim, a resposta é óbvia, também, e não inclui mamarrachos (que, pouco depois de os construirmos, abandonamos), aldeamentos ou telecabines: FLORESTAS!E antes que digam que as florestas não dão empregos, eu digo que é mentira, podem dar empregos sim senhor, e de variados tipos, para diferentes formações, em diferentes ramos de actividade. E se me perguntarem: "E o turismo?", eu respondo que só teremos turismo se soubermos preservar o valor ambiental da Serra, e que os alojamentos para os turistas devem ficar nas localidades; o alto da serra deve ser aproveitado para os turistas gozarem, não para lá ficarem alojados.
10 comentários:
Gostava de lhe perguntar se realmente sabe a que preço os "serviços florestais" fizeram obra nas Penhas Douradas. Igualmente se tem ideia das condições a que eram sujeitos os trabalhadores que plantaram esses pinheiros que agora ardem com tanta facilidade e por fim, gostava de saber também se tem imagina o que acontecia ás pessoas que limpavam as florestas, carregando alguns chamiços para queimarem nas lareiras, com duas codeas e algumas azeitonas no bucho durante um dia de jorna sol-a-sol bem como aos que eram apanhados a cortar giestas para a malhada?
Para mim o óbvio está em que a sua visão é curta demais, para não o classificar de outros adjectivos.
Vai começar agora a poupar-me os adjectivos, Penhas? Porquê? Olhe, se realmente quer poupar, poupe. Não se fique por uma poupança tão "curta demais"...
Ou então, em vez de "poupar" os adjectivos com que me mimoseia, explique ao certo o que quer dizer, Penhas. Acha que as Penhas Douradas estavam melhor sem árvores? Podiam ser outras, claro. Mais apropriadas, mais adequadas, espécies autóctones. Em vez de pinheiros silvestres e pseudotessugas, podiam ser carvalhos, tramazeiras, vidoeiros, pseudoplátanos e alguns castanheiros, também acho que tinha sido melhor. Mas realmente acha que estas zonas estavam melhor despidas das árvores que agora apresentam?
Ou seja, e mais uma vez, diga ao certo o que quer dizer, se faz favor (se é que quer dizer alguma coisa). Ou então continue para aí a resmungar esse seu aborrecimento (ai, desculpe! O Penhas não se aborrece com o Cântaro Zangado, já me tinha esquecido!).
Eu cá, vou para férias!
José Amoreira
Ninguém pretende esconder os erros que se cometeram durante a "pinherirização" do país...pessoas foram sacrificadas e,como era hábito comum no antigo regime, nada se explicou às populações e as coisas foram impostas...pela força e pelo medo.
Isso criou revolta nas populações (contra a floresta, os guardas-florestais, os serviços florestais, etc.)e ainda hoje continuamos a pagar a factura.
Ninguém pretende apagar a história deste processo e a RTP até prestou um enorme serviço público ao dramatizar o romance do Aquilino Ribeiro, "Quando os lobos uivam", que foca precisamente a florestação forçada dos baldios.
Infelizmente, aprendemos pouco com esse processo e repetimos muitos dos erros com a recente "eucaliptização"...a que, pelos vistos, se vai seguir a "mimosificação"!
No entanto, e voltando à florestação feita no estado novo, ela também teve alguns efeitos benéficos e era a isso que o José Amoreira aludia. Em primeiro lugar, as serras estavam completamente despidas, criando gravíssimos problemas:
- inundações, enxurradas e deslizamentos de terras (não havia vegetação suficiente para conter as águas);
-assoreamento dos rios (por arrastamento das terras);
- e, entre muitos outros, o mais grave de todos:a desertificação de grande parte do território...que depois conduziu ao despovoamento.
- isto já para não falar na importância das plantas no "sequestro" do CO2 (mas na altura ninguém sonhava com o dito "aquecimento global").
Por último, desse processo de reflorestação no passado, resulta uma lição para o futuro: a de que se o Estado, diferentes associações e cidadãos cooperarem, como na recente iniciativa "1 milhão de carvalhos para a Serra da Estrela" será possível, em poucos anos, aumentar a área florestada na Estrela.
Claro que sem repetir os erros do passado:
- explicando e envolvendo as populações locais neste processo;
- não "roubando" ou "florestando" as terras de ninguém à força;
- apostando em espécies autóctones mais resistentes ao fogo.
Ninguém quer "glorificar" o proceeso de florestação feito no estado novo; já acusaram os ambientalistas de tudo neste país, só nos faltava mais esta!...
Desde que se tornou um estudioso de botânica é vê-lo a desfiar espécies.
Mas valeu a pena: aprendi consigo Sr. ljma, que poderei plantar alguns castanheiros nas Penhas Douradas, bravos ou enxertados.
Referindo apenas o que me levou a intervir á sua questão "Valeu ou não a pena o que os serviços florestais fizeram nas Penhas Douradas?", o que está feito feito está!
Tenho é muitas dúvidas de que tenha valido a pena.
A relação qualidade-benefício foi válida por quanto tempo?
70 anos? Sim!?
Penso, que muito menos dado existirem estudos anteriores a 1974 que apontam para "Mais apropriadas, mais adequadas, espécies autóctones", como refere.
Mas estava feito e continua agora, com grandes extensões completamente ardidas graças ao trabalho então produzido na escolha de espécies e na sua plantação á força de sangue, suor, lágrimas e escravatura de míseros tostões.
Se a sua muito afamada máxima tivesse sido aplicada então,poucos anos mais tarde poderia ter sido feita uma florestação recorrendo aos tais carvalhos, tramazeiras, vidoeiros, etc e agora, as Penhas Douradas apresentarem outro aspecto sem a ameaça latente dos incêndios, com outro tipo de aproveitamento económico, com muito menos matéria combustível, com muita mais fauna.
Já esperava essa reacção de vistas curtas e a habituais ajudas. Onde vai o “roque” que não leva a “amiga”.
Afinal, quem não é por si é contra si e se me referi, apenas e tão só, ao facto de não achar que o trabalho dos serviços florestais de então, na plantação dos "puinhos", tenha sido algo merecedor de aplauso, eis que o Sr. esbraceja e atira á laia de conclusiva lei: Penhas excomungado, diz que preferes a Serra nua!!!
Continua o incrível piadético de sempre!
Relativamente ao post que antecede este, apreciei as explicações, que não contesto em nada á parte do que acima refiro. Ultima com um ponto de exclamação, de acusação onde não me revejo, mas que me parece dentro de habituais tons festivaleiros já apresentados diversas vezes neste Zangado blog, por alguns “duendes”.
Finalizando, permita-me Sr. ljma utilizar aquela já muito célebre máxima sua, que aplica quando lhe dá geito: “É melhor fazer bem do que não fazer nada. Mas é melhor não fazer nada do que fazer mal.”
Passe bem nas férias.
As minhas desculpas: disse post k antecede este e queria dizer comentário....(quase me arrepiei com a troka).
O Penhas do costume... Que pode falar a criticar o Cântaro quando lhe apetece, mas quando aparece alguém a falar bem é logo acusado de ser a "amiga" do "roque".
Por qualquer razão deduziu do que eu disse que prefiro os pinhos silvestres às espécies que prefere. Não sei porquê, porque no meu post apenas digo que a zona das Penhas Douradas está melhor agora do que estava. Podia estar ainda melhor? Sim, como disse na minha anterior resposta. Mas isso são detalhes de piadético.
Caro Penhas, volto a dizer, não vou continuar a falar com alguém que não me considera à altura da conversa. Já me chamou interesseiro, louco, ignorante, piadético (adjectivo que tomo como palhaço), curto de vistas. Apesar disso insiste em argumentar comigo, segundo disse, porque isso o diverte. Muito bem, continue para aí a divertir-se, a manter o nível a que nos tem acostumado. Não imagina o quanto me divertem também as suas diatribes, os seus insultos. Faz-me sentir importante! De algum modo, sinto que a sua vidinha anda agora a girar à volta do Cântaro Zangado, o que é bom, porque deve ser a única. Vou assim continuar alegre as minhas férias, sabendo que cumpro uma missão, e sabendo também que, quando voltar a estar online, vou ter no "Cântaro" mais algumas consequências dos seus maus vinhos.
José Amoreira, directamente da praia.
"Nada é interessante se não se estiver interessado".
Directamente das Penhas Douradas.
"Vou assim continuar alegre as minhas férias, sabendo que cumpro uma missão"... ... eh!eh!eh!
É Deus no Céu e o Prof. Dr. José Amoreira na Serra?
Tão certo como eu estar a tomar ares nas Penhas Douradas.
Já k o seu problema são os maus vinhos fica o convite: passe por cá beba um copinho de Verdelho e uma fatia de sovado; é sempre melhor do que estornicar ao sol.
Caro Penhas, como vai?
Olhe, fico triste por ver que continua a não notar a ironia, nem quando ela lhe cai na cabeça como um piano.
Ainda bem que me convida para a sua mesa nas Penhas Douradas, da última vez disse que não se queria cruzr comigo. É um progresso!
Tem repetidas vezes dito que ando nisto por vaidade, o meu show mediático e tal, mas é o Penhas que se considera tão interessante que não perde uma oportunidade de nos explicar o que considera melhor ou pior em termos de destinos de férias, vinhos, enchidos e municípios. Não me interessam nada os seus gostos pessoais (ou os de quem quer que seja que aqui escreva), e parece-me que os nossos leitores partilharão esta minha indiferença. Para isso há outros blogs.
Continua a atentar apenas no que é irrelevante (a minha referência a "maus vinhos"), e a não dar continuidade ao sumo da discussão (no início do meu comentário, onde respondia aos seus argumentos ou às referências que fiz aos seus insultos).
Ainda por cima, não percebe o que digo! Como toda a gente sabe, quando se fala dos maus vinhos deste ou daquele, não se faz uma avaliação da qualidade do vinho que bebem, mas sim das suas próprias qualidades pessoais (normalmente desconsiderando-as), pretendendo-se indicar que elas se tornam mais evidentes (e mais inconvenientes) quando bebem. Percebeu agora, ou quer que explique (ainda) melhor?
Continuação de boas férias!
José Amoreira
Ó supra sumo da sabedoria, acha mesmo que qualquer mortal, ainda que analfabeto, não entende os seus pseudo-subterfúgios linguisticos?
Mas se a sua escrita é totalmente rudimentar...
Continua com a crónica mania de Deus no Céu e o Dr. na Serra, com tendências depressivas na semântica; já em tempos lhe recomendei especialista na matéria aí entre portas.
Ironias?
Sem o querer "insultar" nem agravar esse seu ar de acossado, mas o Dr. é mesmo um cromo!
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