terça-feira, julho 24, 2007

Requalificamos, mas a sério?

Margens dos Poços de Loriga, a jusante da estância de esqui Turistrela/Vodafone (imagem retirada do blog Loriga).

A lagoa ilustrada na figura está a cerca de trezentos metros da base da telecadeira da estância de esqui. A triste realidade apresentada não é um caso pontual. Aliás, usei uma imagem semelhante, tirada há mais de um ano, para ilustrar um post publicado ainda na antiga morada do Cântaro Zangado. Quando o sol bate com mais força, os plásticos podem até cheirar-se! Fotografias semelhantes podem obter-se em todas as linhas de água que escorrem da zona da Torre.

O lixo presente na zona da Torre e nas linhas de água que dela escorrem é, em grande parte, o deixado pelos turistas que "vêm" à neve. Face a isto, o que há a fazer? Podemos continuar a fechar os olhos a esta realidade? Os lucros do turismo da neve são superiores aos prejuízos (ambientais e de imagem) desta sua consequência? Quem tem maiores responsabilidades pela existência deste problema? A quem deve ser atribuída a responsabilidade pela sua resolução? Faz sentido estudar planos de pormenor para a Torre ou requalificação dos edifícios que lá se encontram, enquanto não soubermos ou não quisermos enfrentar esta realidade?

Não conheço a resposta à maior parte das perguntas que coloquei acima (embora já tenha, aqui no Cântaro Zangado, dado umas quantas sugestões). Mas é evidente que não basta fazer investimentos na requalificação dos edifícios da Torre ou na beneficiação da estância de esqui para fazer desaparecer o problema. E enquanto não o resolvermos, por mais milhões que se despejem na zona da Torre, o turismo que lá temos continuará a ser, em grande medida, o turismo do lixo. Até quando?

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Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!