sábado, setembro 02, 2006

Para meu esclarecimento

A propósito do último artigo, há algo que há muito tempo desperta a minha curiosidade, e gostava de colocar o problema aos pacientes leitores do Cântaro Zangado. Ao certo, ao certo, em quê é que se traduz a concessão exclusiva do turismo e do desporto da Turistrela?
Já li os vários decretos de criação e alteração do estatuto desta empresa e não fiquei esclarecido. Gostava de conhecer histórias concretas. Sei lá, pessoas que tenham criado ou tentado criar empresas de turismo de aventura ou desportivo aqui na região, ou os comerciantes das Penhas da Saúde, Torre e Lagoa Comprida, que relações (ou ralações, eventualmente) é que têm com a concessionária exclusiva? O que significa, concretamente, a concessão exclusiva? Existe só no papel, como diz Artur Costa Pais, ou quê?
Os que quiserem contribuir para o meu esclarecimento podem usar o meu email (ali em cima, no canto superior direito) se preferirem manter o contacto a um nível mais privado. As informações que me fornecerem não serão publicitadas, a menos que me seja dada autorização explícita.

Obrigado a todos!

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Cântaro seja bem-vindo, com certeza depois de um período de férias bem merecido.
A questão do monopólio do Turismo da Serra da Estrela é uma vergonha. Numa época em que a liberalização está na ordem no dia, como é o caso da liberalização da electricidade, combustíveis, ..., não se compreende esta exclusividade. Proponho o seguinte se me permite; a criação da Comissão para a Liberalização do Turismo da Serra da Estrela, com uma vertente de Turismo Ambiental obviamente. Lutemos por aquilo que a Serra tem de melhor que é ela própria, a sua beleza pura e selvagem.
Cumprimentos deste fiel leitor.

ljma disse...

bcm, obrigado pelo seu comentário.
Quanto à comissão que propõe, bem, desde pequeno que usufruo da Serra, atraído "por aquilo que a Serra tem de melhor que é ela própria, a sua beleza pura e selvagem", para usar as suas palavras. Na medida em que uso a Serra em actividades de lazer, acho que sou, apenas, um turista. Um turista cá da terrinha (moro na Covilhã) e, portanto, relativamente bem informado e exigente, mas um turista na mesma. Apesar de achar que esta concessão exclusiva da Turistrela deve ser questionada e discutida por todos, penso que os problemas da Serra não se resolvem automaticamente com a liberalização. Receio até que, com essa liberalização, se multipliquem as Turistrelas e os atropelos. Este monopólio é mau, mas porque os que detêm o poder (e, em democracia, em última instância, esses somos nós) o permitem. Não me parece que a liberalização que propõe altere este este estado de coisas.
O que me parece urgente é que se comece a mostrar de forma organizada (com uma comissão, plataforma, associação, movimento, sei lá!) aos vários responsáveis (autarcas, direcção do Parque Natural, Região de Turismo, Turistrela, etc) que já chega de mamarrachos e estradas de asfalto na Serra. Já chega de circo, a serra é natureza, é isso que, como turistas que somos, nos agrada, é isso que queremos ver protegido. O que atrai as pessoas para as montanhas não é o que esses responsáveis andam a planear e a concretizar. Para ser muito franco, devo dizer que me entusiasma muito mais um tal movimento para a protecção do ambiente "puro e selvagem" da serra do que a comissão para a liberalização que propõe.


Mas partilho a sua estranheza com esta concessão exclusiva. Deve ser um dos últimos resquícios da política de acondicionamento industrial do antigo regime... Apesar da "operação plástica" esquerdizante das nacionalizações (pela qual, diga-se, passou também a Turistrela), esta política económica ultrapassou o prazo de validade há já, pelo menos, 25 anos...

Mais uma vez, bem haja pela sua participação. Espero que continue a visitar o Cântaro Zangado!

João disse...

então e agora q parece q estamos quase todos de volta, voltemos ao "combate" por uma Serra da Estrela, Serra na sua verdadeira essência...

ljma disse...

Ora bem, João. Organizemo-nos!

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!