Em Agosto, publiquei aqui um artigo, chamado Silly Season, onde mostrava o ridículo das acusações de Jorge Patrão (presidente da Região de Turismo) aos ambientalistas que criticaram a decisão da diminuição da área do Parque Natural da Serra da Estrela. Citei um excerto das suas declarações onde, juntamente com outro disparate, acusava os ambientalistas de não se ralarem com a construção clandestina nas Penhas da Saúde.
Recentemente, foi-me apontada uma notícia interessante sobre este assunto, publicada pelo jornal online da UBI, o Urbi@Orbi. E o que diz a notícia, datada de 2001? (Segue-se uma série de copy&paste; sei que contêm gralhas, mas preferi não as corrigir.)
O artigo da edição 36 que é citado acima começa assim:
Algumas construções clandestinas das Penhas da Saúde correm sério risco de demolição. Quem o assegura é Carlos Guerra, presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN).Aparentemente, então, há cinco anos esteve iminente a demolição das casas clandestinas. O Instituto da Conservação da Natureza defendia-o e tudo estava encaminhado nesse sentido. O que aconteceu? De acordo com estas notícias, se as construções clandestinas, perdão, podem ter sido entretanto legalizadas, corrijo-me: se as construções que antes eram clandestinas ainda existem nas Penhas da Saúde, se continua a "imagem chocante de degradação" do zinco, isso parece dever-se, em grande medida, à acção de Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã. Porque não se fez o que critérios ambientais (já para não falar dos de respeito pela lei) claramente ditavam, temos agora Jorge Patrão a dizer que a culpa é dos ambientalistas! Mas quais ambientalistas? Carlos Pinto?!
2 comentários:
Conheci em tempos Carlos Pinto e logo desde o inicio nao simpatizei com ele, pareceu-me arrogante e prepotente. Pelo que tenho lido acerca dele, nunca consegui modificar a minha opiniao.
Mas isto podera ser somente uma ma impressao minha.
Olá, Al
Eu não conheço pessoalmente o presidente da Câmara da Covlhã. Das vezes que o vi, e do que leio das atitudes que toma (e da forma como as toma) também não me parece pessoa com quem pudesse simpatizar. Mas trata-se de um político, de um autarca, não de um amigo. Não sei se a arrogância e a prepotência, na dose certa, serão defeitos muito graves num político. Já votei em muitas pessoas que nem por sombras convidaria para jantar. Não por as achar desonestas (credo, se eu alguma vez ia votar num tipo que me parecesse torneador de leis), mas por as achar enfadonhas com a sua segurança, aquela cagança do "quero, posso e mando", "eu é que sei", etc. Xô!, posso votar em ti mas não tenho que te aturar a conversa!
Enviar um comentário