Pelo Ondas chegou-me a notícia de que "Espanha criou 162 novas áreas protegidas entre 2004 e 2005," tendo agora cerca de 10% do seu território classificado como zona protegida.
Coitados, percebe-se que estão a anos luz de nós, muito atrasados no que toca a proteger "legítimas expectativas de desenvolvimento" ou a impedir os despovoamentos que, segundo se diz por cá, resultam de se proteger o ambiente... Ay, pobrecitos...
Ah, só mais uma coisa: as zonas protegidas espanholas são visitadas anualmente por cinquenta milhões (50 000 000) de pessoas. Imagino que lá, como cá, a aposta seja no "turismo residencial e urbano", como o que a Câmara da Covilhã diz que quer implementar na Serra... Ou talvez tenham nos parques naturais deles o atractivo das extracções de areia e cimenteiras da Arrábida, tão interessantes e fotogénicas...
4 comentários:
162 áreas protegidas é sempre um nº impressionante. E 1 Parque Natural lá está quase sempre melhor conservado que cá um Parqe Nacional.
Basta o facto de não serem objecto do desenvolvimento de turismos urbanos e afins, para se ver que os espanhóis levam estes assuntos muito mais a sério... Uma rosa é uma rosa, um Parque Natural é um Parque Natural, devia ser tão simples quanto isso.
Olá José!
Em primeiro lugar, parabéns pelo teu blog. É mais um bom exemplo de que, em Portugal, ainda há pessoas com sensibilidade para as questões ambientais!
De facto, em Espanha, apesar de geograficamente próxima e pertencendo à mesma área bioclimática que Portugal, as questões da conservação são levadas com outra seriedade e dinamismo. Basta comparar o número de Áreas Protegidas de "nuestros hermanos" distinguidas com o lisonjeiro título de Reserva da Biosfera da UNESCO: nada mais nada menos do que 33, contra o nosso solitário Paúl de Boquilobo...(http://www.unesco.org/mab/BRs/EurBRlist.shtml)
Um bom exemplo a seguir...
Grande abraço!
Obrigado pelas tuas palvras, Paulo. Faz-se o que se pode. Sou um visitante regular dos teus blogues, também. Quanto às zonas protegidas, porque será que em Portugal as coisas nunca ficam tão claras como "uma fábrica é uma fábrica, um hotel é um hotel, um parque natural é um parque natural"? Assim, tão simples como isso? Porque é que as nossas leis hão-de ter meandros? Porque é que, mesmo quando os não têm, é possível criá-los através de "pareceres" de "especialistas"?
Bah, o que vale é que é fim de semana, e parece que vai estar bom tempo...
Um abraço também!
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