- O Governador Civil da Guarda é um intrometido
- O Governador Civil da Guarda mete-se onde não é chamado
- O Governador Civil da Guarda veio à lide manifestar as suas opiniões de defesa não se sabe bem de quê
- O Governador Civil da Guarda está sempre em discordância com a voz representativa da Covilhã
- O Governador Civil da Guarda parece falar em nome da cidade da Guarda, tarefa para a qual pode ter vontade protagonista em concorrência com o autarca local, mas para a qual lhe falta a representatividade de base electiva
- O Governador Civil da Guarda revela a sua própria incapacidade para compreender o lugar que ocupa, intrometendo-se onde não é chamado e não percebendo a sua função. Numa palavra, um caso de dupla inutilidade
É de admirar a profundidade, a sagueza e o conhecimento da realidade local e dos problemas que é necessário enfrentar demonstrada por este argumentário. É que vai direito ao cerne da objecção levantada e desmonta-a, ponto por ponto, até dela nada restar senão pó! A Câmara Municipal da Covilhã demonstrou assim, claramente, a falácia do argumento do Governador Civil da Guarda! Se dúvidas havia, tornou-se agora incontestável para todos que o Centro de Limpeza de Neve, uma estrutura com uma esfera de acção supra-municipal, deve ser gerida exclusivamente por um município, e que esse município só pode ser a Covilhã, então não tornou?
Agora a sério: é sempre bom fazer-se uma guerra da neve. É que, sendo a nossa serra o que é, e não sendo o que não é, dura mais tempo a guerra do que a neve (vá ao site da estância de esqui: está encerrada, e não é por as estradas estarem cortadas, pode ter a certeza). Também assim se vai alimentando o mito dos intensos nevões e das especiais aptidões da serra da Estrela para os desportos de Inverno.
3 comentários:
E com estes argumentos resolvem-se todos problemas.....
Os governadores civis são mais uns chicos-espertos a mamar neste pais , mais uns a ganhar muito dinheiro sem produzir , e que venha ai o FMI em força que estes tachos acabam num abrir e fechar de olhos !!!
Caro anónimo, admito que possa ter toda a razão no que diz. Mas a "guerra" é a da neve, não a das qualidades ou defeitos dos governadores civis.
Diga-me: face às considerações da Câmara Municipal da Covilhã sobre o Governador Civil da Guarda, ou às que o anónimo aqui deixou relativamente à generalidade dos governadores civis, algum município da região fica um pouco mais seguro de que uma gestão covilhanense do Centro de Limpeza de Neve terá os seus interesses em consideração? Não me parece...
Note-se que também acho que o cargo de Governador Civil é uma inutilidade sem sentido, ou seja concordo na generalidade com o que o anónimo aqui disse. Ainda mais: admito que o governador civil da Guarda seja tudo o que a Câmara Municipal da Covilhã disse que ele é (não sei, não o conheço). Mas, repito: para o assunto em discussão, que relevância têm estas considerações? É com insultos que queremos convencer os outros da justeza das nossas pretensões? Vamos longe, assim...
Por fim, a questão que eu quis pôr em evidência com o post foi: isto é que é maneira de discutir?! Que decisões podem ser razoáveis se as discussões se resumem a trocas de de insultos? E note-se que, neste caso, quem "descambou" foi, muito claramente, a Câmara da Covilhã. O Governador Civil da Guarda limitou-se a apresentar uma objecção às pretensões da Covilhã, coisa que qualquer pessoa, até um Governador Civil, tem o direito de fazer. Apenas isso.
Face a situações como esta, faz sentido mais uma pergunta: a câmara da Covilhã é um órgão da administração cujos titulares, por serem escolhidos pelo Povo (ou seja, a nação), se revestem da dignidade que a nação merece, ou uma taberna de carroceiros?!
Cumprimentos
José Amoreira
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