terça-feira, março 17, 2009

A venda dos mamarrachos

Excerto da página 7 do Diário XXI de 16 de Março. Clique para aumentar.

O Diário XX1 deu ontem notícia de recentes declarações de Jorge Patrão, presidente do Pólo Turístico da Serra da Estrela, segundo as quais a decisão de venda das torres do antigo radar da Torre (que comentámos aqui) não se irá, afinal, concretizar.

A questão mais preocupante com a venda das torres não é a da posse propriamente dita, mas antes os impactos que podem eventualmente resultar da utilização dos edifícios e a salvaguarda do interesse dos antigos proprietários (associações de baldios de Unhais da Serra (Covilhã), de S.Pedro (Manteigas) e de Loriga (Seia), expropriados aquando da decisão de construção da (efémera) base militar. Ora, os mamarrachos podem não estar à venda, como afirma Jorge Patrão. Mas depreende-se das suas palavras que há um plano, ou pelo menos uma intenção, de os aproveitar turística e/ou comercialmente.

Espero que o interesse dos baldios seja agora tido em linha de conta e que o papel que o aproveitamento destes mamarrachos pode ter na correcção ou no agravamento da deprimente situação ambiental da zona da Torre seja devidamente ponderado. Se se planeia apenas reforçar o mercantilismo rasca que por lá grassa (mesmo que agora com lojas mais sofisticadas), tanto faz que que a posse seja mantida no estado como que passe para privados e bem melhor que isso, mesmo, mesmo, é deitar as torres abaixo.

Sem comentários:

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!