Sobre o plano (do Ministério da Defesa) de alienação dos edifícios militares da Torre, houve recentemente dois desenvolvimentos interessantes. Segundo podemos ler no Porta da Estrela de 22 de Janeiro (a link pode não ser permanente), a Assembleia Municipal de Seia aprovou uma moção (apresentada pelo PCP) contra as intenções de venda dos ditos edifícios. Na mesma notícia, (e também no Nova Guarda de 21 de Janeiro e no Notícias de Gouveia de 20 de Janeiro) somos informados de um conjunto de questões que o grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República colocou ao Governo sobre este mesmo assunto.
Tanto a moção à Assembleia Municipal de Seia como as questões colocadas na Assembleia da República são relevantes e oportunas. O enfoque dado ao problema parece-me apropriado (aliás, vem na mesma linha da tomada de posição da ASE, ver aqui).
Acho bom que o problema do que fazer com os mamarrachos seja discutido publicamente. E que a decisão final seja tomada de forma transparente. Para tal muito contibuirá uma discussão o mais alargada possível. Que seja tomada de forma transparente, isto é, que sejam publicamente identificados os vários interesses (económicos ou de outra índole, por exemplo, ambiental), que os protagonistas assumam publicamente as suas posições e que, em geral, se cumpram as regras do jogo democrático (ou seja, que se cumpram as leis, que não se sobreponham interesses particulares ao interesse geral, etc).
No final, o resultado até poderá ser que os ditos mamarrachos sejam entregues por tuta e meia à Turistrela, para deles fazer o que bem entender, sem quaisquer contrapartidas para baldios, juntas de freguesia ou parque natural (aqui para nós, surpreenderia um tal resultado?). Mas, seja ou não essa a decisão, que fiquemos todos a saber quem se bateu a favor e contra, e com que argumentos. A transparência também é isto.
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