sábado, janeiro 10, 2009

São precisas ainda mais estradas? (II)

No fim de ano, fui esquiar a La Covatilla, em Béjar. Fiquei alojado num hotel em El Barco de Ávila, como várias outras famílias de esquiadores, portuguesas e espanholas. O trajecto de El Barco de Ávila para La Covatilla é o que mostro na figura em baixo. Perto de trinta quilómetros, trinta e sete minutos. A longitude e a duração do trajecto estão dentro do que considero razoável em férias de neve. Encontrei coisas semelhantes em Andorra e em Baqueira.

Trajecto de El Barco de Ávila à estância de La Covatilla. Clique na imagem para a ampliar, ou vá ao maps.google para mais detalhes.

Do centro de Unhais da Serra até à Torre, o trajecto normal é o que a figura em baixo mostra. Quarenta quilómetros, quarenta e um minutos. Está dentro do que considero razoável. Por mim, como vulgar turista de neve que também sou, não há necessidade *nenhuma* de "aproximar" a Torre de Unhais.

Trajecto de Unhais da Serra à estância Vodafone. Clique na imagem para a ampliar, ou vá ao maps.google para mais detalhes.

Pode haver outras razões para a estrada Unhais - Nave de Santo António mas, pelo lado do turismo, quanto a mim, é melhor deixar as coisas como estão. A menos que o objectivo seja, mais uma vez, apostar no turismo que temos, o das voltinhas automobilizadas serra acima, a ver a neve. É esse o objectivo?

3 comentários:

João Pereira disse...

Agora ainda é mais claro porque não é precisa estrada asfaltada entre Unhais e a Nave de Santo António. Estes mapas mostram tudo o que é preciso saber.
Tendo em conta que a maior parte dos turistas fica na Covilhã, não faz sentido asfaltar uma estrada mais para a Torre apenas para os que ficam em Unhais. Esses, ou se dispõem a subir o vale do Alforfa a pé ou bicicleta (de carro não devia ser permitido), ou vão de carro passando pela Covilhã e subindo às Penhas da Saúde.
O hotel de Unhais da Serra não fica nada em desvantagem em relação aos da Covilhã, pois continua a estar mais integrado no meio natural do que a Covilhã e permitindo o acesso a mais actividades no Verão, por exemplo.

EcoTretas disse...

Que tristeza! Se foste a Covatilla, porque não ficaste em Bejar. Ou no sopé de La Covatilla? Poupavas na carteira e no CO2! E em Andorra! Francamente, sai-se do hotel e vai-se a pé! Isso é que é bom para o ambiente! Agora, Serra da Estrela? Eu é que não ponho lá os pés!
Ecotretas

ljma disse...

Ecotretas, não fiquei em Bejar ou no sopé de la Covatilla por razões que não vinham ao caso, mas que também não são segredo: fiquei em El Barco de Ávila porque, com três dias de antecedência, não encontrei lugar mais perto.

Em Baqueira, a opção é entre pagar caro e estar ao pé das pistas ou pagar menos caro e ficar em Vielha (ou lá como se escreve o nome da terra). Em Andorra é o mesmo, agora esbatido desde que se construiu o Funicamp. Mas, quando comecei a ir a Andorra, não havia funicamp. Ficava em Escaldes e conduzia todos os dias para Grau Roig. Era normal, montes de turistas faziam o mesmo. Ou muito me engano, ou ainda fazem. Ou seja, voltando ao assunto do post, defendo que para os turistas do esqui não é nada muito por aí além ter que conduzir durante meia hora ~ quarenta minutos para chegar à estância. Não me parece que o seja também para os que ficarem hospedados em Unhais.

É uma tristeza e emite muito CO2? Pois é. Como tantas outras coisas de que tenho relutância em abdicar. Talvez venha a ser forçado a isso. Mas por enquanto vai-se fazendo a festa...

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!