quarta-feira, janeiro 30, 2008

XXV Nevestrela

É já este fim de semana o Nevestrela. Dias 1, 2, 3, 4 e 5 de Fevereiro, no Covão d'Ametade, numa organização da Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela e do Clube de Montanhismo da Guarda.

Mais informação no site da ASE.

Ao contrário do encontro de motoqueiros Eskimos 2008 planeado para dia 15, neste acampamento a organização não disponibiliza refeitório, nem duches quentes, nem "toneladas de lenha para as fogueiras". Este encontro é mesmo para quem gosta de serra.

5 comentários:

Rui Peixeiro disse...

Olá José, só uma correcção. Onde está Janeiro não será Fevereiro?

Um abraço.

ljma disse...

Ooops! Já corrigi!

Anónimo disse...

Grupo Motociclista DOG

Em primeiro logar queria corrigir o termo "Motoqueiros" utilzado no vosso espaço. Muito embora o termo tenha sido popularizado no Brasil, nada tem a ver com a realidade portuguesa e apenas foi e é introduzido na linguagem corrente nacional como designativo para "Motociclista" (este sim o termo correcto em Português)por pessoas menos lidadas e habituadas ao mundo das duas rodas motorizadas.
É todavia certo que muitos Motociclistas portugueses utilizam também o termo "Motard", o qual sendo de origem directamente francesa, nem sequer pode ser considerado um francesismo, tanto pelas razões acima descritas, como por ter uma aplicação mais ligada à descrição de profissões e profissionais que utilizam motociclos como instrumento de trabalho, assim, é tolerável a utilzação de termos como "os motards da Brigada de Trânsito", "Os Motards da PSP", "Os motards que fazem entregas de objectos (estafetas)" etc.
Deta forma, Os MOTOCICLISTAS portugueses rejeitam o termo "Motoqueiro" e se entendem que o mesmo não é utilizado de forma ofensiva, é no minimo mal utilzado por quem nada conhece sobre este tema.
Quanto à realização dos Eskimós 2008, devo lembrar que o evento será realizado num local público e por isso de livre utilzação por todos os que dele queiram usufruir,independentemente se forem MOTOCICICLISTAS, montanhistas, campistas, fotógrafos, ou qualquer cidadão em geral. O Moto Clube de Vila do Conde, Associação legalizada, Federada e com provas dadas no terreno na organização de bons eventos, merece toda a credibildade para estar à frente da realização deste evento. Quanto às legiimas procupações ambientais, sugiro uma visita ao Parque Natural da Ria Formosa em Faro, local onde já ha mais de 26 anos se realiza uma das maiores Concentações Motociclistas da Europa, a qual recebe ANUALMENTE milhares de MOTOCICLISTAS de todo o mundo, facto que tem sido o garante da manutenção de mais um santuário natural no nosso país livre de construção, para além de dar um enorme contributo econóico para a Região do Algarve. Assim sugeriamos que o vosso olhar estivesse mais atento aos atentados cometidos no Parque Natural da Serra da Estrela por tantos que a desrrespeitam, a começar pela ausência de recolha condigna de lixo, com falta de papeleiras na Torre, má organização de estacionamento de viaturas oigando à "invasão" de terreno improprio para parquear, degradação continuada e sistemática de edificios como o Sanatório, venda abusiva de animais autoctones (cães da Serra) sem condições de sanidade e de legalidade, e para rematar o bolo com cereja, a construção de um casino em plena Serra!
De resto, o Grupo Motociclista DOG deseja a todos os Montanhistas portugueses um óptimo suceso na realização dos seus eventos e espera que possam entender que A Serra da Estrela é de todos e para todos e todos temos o dever de a defender e proteger para que possamos dela disfutar para sempre na sua plenitude.

Um abraço sincero,
Alfredo Nobre
pl'o Grupo Motociclsta DOG

Anónimo disse...

Olá!
Além de vir desejar um bom carnaval, vim dizer que se puder para passar em meu blog, pois tenho um presentinho lá para você.
Vá fica bem.

ljma disse...

Caro Alfredo Nobre,
Em primeiro lugar, agradeço a explicção sobre a designação que devo usar. Com o termo "motoqueiro", não pretendi veicular qualquer intenção pejorativa. Quis-me apenas referir aos que andam em motociclos e, mais ainda, aos que consideram que a utilização desse meio de transporte é um elemento da sua personalidade e da sua dimensão social, mais do que apenas um meio de transporte. Por exemplo, o meu sogro anda de mota, usa-a para chegar ao trabalho, mas não é um motoqueiro, no sentido que dei à palavra. Para ele, a mota é apenas um meio de transporte. Em contrapartida, um primo meu anda de mota e *é* motoqueiro, integrado num grupo, com todos aqueles rituais (cumprimentos especiais, tapete de blusões de couro no dia do casamento, por exemplo). Gosto muito do meu sogro e gosto muito do meu primo. E também gosto muito doutro primo meu, que, como eu, nunca andou de mota, nem tem intenções de andar. Ou seja, não quis ofender ninguém com a palavra motoqueiro.

O Covão d'Ametade, apesar de ser um local público, é também uma área protegida, de acordo com três estatutos de protecção ambiental (Parque Natural, Sítio Rede Natura 2000, Reserva Biogenética), onde fazem sentido algumas restrições. Por outro lado, é verdade que não estamos habituados a ver essas restrições serem aplicadas (mas noto que pelo menos uma vez, há perto de 15 anos, o Nevestrela teve que se realizar noutro local porque os funcionários do PNSE não permitiram a sua realização no Covão. Talvez por falta de refeitório aquecido, duches quentes e toneladas de lenha...). Seja como for, o que aqui discutimos, mesmo, não é o vosso direito a usufruirem do Covão d'Ametade. Caro Alfredo, eu acharia muito bem que pegasse na sua mota e nalguns amigos, metessem nas bagagens as tendas, os sacos-cama e qualquer coisa para comer (e beber, que um tintol ou uma aguardente sabem mesmo bem, às vezes) e se metesse a caminho para o Covão d'Ametade passar o fim de semana. Mas não é esse o direito que está em causa, pois não? É o direito a uma concentração massificada, com barulho de motores, com exibição de acobracias, com o fumo dos escapes e dos pneus no asfalto, o costume. E ainda (!) a instalação de refeitório aquecido, duches quentes e a disponibilização de "toneladas de lenha". É o direito a tudo isso que o Alfredo está a reindivicar para os motociclistas. Desculpe, mas eu não concordo com esse direito (mas pode estar descansado, que eu não mando nada), porque ele colide frontalmente com o de todos os outros que, sendo ou não motociclistas, querem, com a mesma legitimidade, usufruir desse espaço público em condições mais sossegadas, mais habituais.

Não me leve a mal, mas custa-me a crer que a existência do Parque Natural da Ria Formosa se deva, mesmo que em parte apenas, à tradicional concentração de motociclistas. Seja como for, espero que a Serra da Estrela nunca venha a "usufruir" da "ajuda" de uma coisa semelhante, seja de motociclistas, seja do grupo que for.

Agradeço a sugestão para que prestemos mais atenção aos problemas da Serra da Estrela que enumerou mas, se quiser perder mais algum tempo aqui no Cântaro Zangado, verá que não andamos nisto só para criticar os motociclistas. É mais porque "todos temos o dever de a [Serra da Estrela] defender e proteger para que possamos dela disfutar para sempre na sua plenitude". Todos nós.

Votos de sucesso para o Grupo Motociclista DOG e continuação de boas escritas no Cavalo Alado.

Saudações sinceramente cordiais
José Amoreira

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!