Aqui há tempos recebi um email a divulgar este documento de acesso livre que me parece bastante importante partilhar com possíveis interessados.Apenas a falta de tempo dos últimos meses impediu de fazer este post mais cedo. O manual chama-se "Boas Práticas de Fabrico em Queijarias Tradicionais" e foi elaborado por uma equipa constituída por técnicos e investigadores da Escola Superior Agrária de Coimbra, da Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral, da Terras de Sicó-Associação de Desenvolvimento, e da Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela. Concerteza que estou consciente que as pessoas a que este manual possa fazer mais falta não terão maior facilidade em adquiri-lo por eu o estar aqui a divulgar, mas é mais um passo e é também uma forma de reconhecer e louvar tudo aquilo que for feito para ajudar realmente as gentes desta região
Este manual é, alem de tudo, o símbolo do esforço conjunto de entidades independentes para atingir um objectivo comum que é a sobrevivência de uma actividade outrora transversal às populações serranas! As tradições são parte da identidade dos povos e das povoações, por isso as queijarias tradicionais e o seu método de produção do queijo da Serra fazem parte da identidade e singularidade Serrana. É por isso que esta actividade tem o potencial de ser mais um excelente atractivo para a região.
Voltando ao manual propriamente dito gostaria ainda de referir a sua importância para evitar que queijarias antigas sejam apanhadas em falta pela ASAE. Sei que é um grave problema hoje em dia para todas as actividades artesanais, conseguirem adquirir a capacidade para se actualizarem de forma a cumprir as exigentes directivas fitossanitárias recentemente transpostas da legislação europeia, seja por falta de conhecimento seja por falta de capacidade financeira para proceder às necessárias actualizações. Estou convencido que este manual pode ser uma boa ajuda para evitar as multas da ASAE mas também estou convencido que muitas das exigências são completamente desproporcionadas e desfasadas da natureza de uma produção artesanal. Mas como o texto já vai longo regressarei a este ponto um dia mais tarde.
Divulguem!
O documento pode ser obtido directamente aqui
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