Há tempos falei aqui do que chamo a "lógica das avalanches". Apareceu agora mais um exemplo que, aliás, já tinha previsto (ver a discussão que se gerou na caixa de comentários deste post). A propósito da Estrada Verde (nunca deixarei de me espantar com este nome) com que alguns pretendem abrir um novo acesso asfaltado ao maciço central da Serra da Estrela, o presidente da Câmara Municipal da Guarda disse, recentemente,
"O que queremos é que a Estradas de Portugal faça a estrada como fez entre Loriga (Seia) e a Lagoa Comprida."
Ainda é cedo para avaliar as vantagens que Loriga ganhou com a nova estrada. Já referi que me parece que, graças a ela, os louriguenses terão mais dificuldades para viabilizar um turismo mais lento, feito de passeios a pé ou a cavalo, da admiração das paisagens e dos valores naturais em que é rica a nossa região. Terei ou não razão. Mas parece-me que o sr. Presidente da Câmara Municipal da Guarda poderia tentar avaliar a experiência de Loriga antes de exigir a sua repetição na Guarda. Ou pensar melhor em que tipo de turismo pretende apostar com esta Estrada "Verde".
Outra notícia que nos chega da Guarda, revelando uma atitude completamente diferente da mesma Câmara Municipal, é a da inauguração do 1º trilho do projecto Rotas Natura, de que fiquei a saber pelo blog Pedestrianismo (de onde importei a fotografia, também).
Ora aqui está uma notícia que gostava muito de ver transformada em avalanche: os concelhos da região a competirem entre si a ver qual sinalizava, documentava, divulgava, patrocinava e dinamizava mais trilhos pedestres, mais passeios de interpretação, mais actividades de ar livre, de educação e dinamização ambiental...
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