Galciar Aletsch, Suiça (imagem da Wikipédia).
O assunto das alterações climáticas não é novo. Já há muito tempo que se discute, já há muito tempo que o foco da discussão deixou de ser o facto em si (o aquecimento global é ou não real?) para passar a ser o que o causa (é causado pela actividade humana ou tem causas naturais?). É cada vez mais claro que a opinião dominante entre cientistas do clima e decisores de topo está a pender para a primeira hipótese, a de que é a actividade humana (mais concretamente, a emissão de gases com efeito de estufa pela actividade industrial e agro-pecuária e pelos transportes) a principal causadora do aquecimento do planeta. Esta opinião é de tal forma generalizada que até o presidente dos Estados Unidos parece já ter sido convencido.
Mas resiste ainda uma minúscula bolsa de (dois) irredutíveis, entrincheirada numa pequena cidade da Beira Baixa. Munidos de estudos nenhuns, do alto de currículos nenhuns, estas duas climatológicas nulidades afirmam, contra ventos e marés, que não, que o aquecimento global ainda não está demonstrado, que ainda não se faz sentir na Serra da Estrela, até porque "no ano passado só foi necessário produzir neve artificialmente durante quatro dias" (veja aqui e aqui).
Volto a fazer a pergunta do costume: que crédito merecem estas originalíssimas considerações?
Ironias à parte, aceitemos por um momento a tese dos senhores Artur Costa Pais e Jorge Patrão (são estes os nomes dos dois desalinhados analistas do clima da Estrela, o primeiro administrador da empresa que gere a estância de esqui, o segundo presidente da Região de Turismo). Imaginemos que a queda de neve na Serra da Estrela se mantém nos próximos vinte anos igual à que se verificou no anno alegadamente mirabilis de 2005-2006, o tal em que só foi preciso ligar os canhões de neve em quatro dias. A pista da estância que classificaram como negra (mas que não é mais do que vermelha) esteve aberta três dias, se tanto, e a estância esteve reduzidas às duas ou três pistas mais pequenas durante o primeiro mês da época. Durante a maior parte da época, a estância apresentou uma fina camada de neve, apenas nas pistas; no resto, via-se cervum e rochas a descoberto. A pouca neve que cobre as pistas derrete durante o dia, transformando-se numa papa desagradável a partir do meio dia, e à noite congela, transformando-se num vidro perigoso até meio da manhã. Descemos as pistas em apenas meio minuto, mas subimo-las, sentados nas telecadeiras, em sete (isto, durante a semana, quando quase não há esquiadores e se apanha a telecadeira assim que se chega ao fim da descida, sem se ter que aguardar em bichas).
Esqui de fraquíssima qualidade, em suma. Este é o esqui que temos na Serra da Estrela, nos anos considerados bons.
E é acreditando (contra toda a evidência e contra a opinião dominante) que esta tristeza é viável apesar do aquecimento global, que Artur Costa Pais e Jorge Patrão planeiam o futuro do turismo na Serra da Estrela, defendendo investimentos públicos na estância, defendendo a suburbanização das Penhas da Saúde como pólo de après-ski, defendendo a ampliação da estância para altitudes ainda menores, logo, com ainda menos neve.
Francamente, isto é sério?
Está a decorrer na Guarda, até amanhã, o primeiro Congresso Ibérico da International Permafrost Association, com o tema "Ambientes periglaciários e variações climáticas: das montanhas às altas latitudes", em que se discutem projectos internacionais para avaliar e perspectivar as alterações climáticas regionais e globais. É interessante contrastar a opinião de Gonçalo Vieira (investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa) com o iluminado (ou alucinado?) optimismo de Jorge Patrão e de Artur Costa Pais.
PS1: O contraste de opiniões que sugiro é feito, e bem, pelo Estrela no seu melhor.
PS2: Gosto muito de esquiar e esquio por vezes na estância da Turistrela. Tenho pena que a realidade da Serra da Estrela seja a que acabei de descrever. Mas as coisas são como são.
19 comentários:
Aconselho vivamente uma passagem ainda que breve por http://www.cm-castanheiradepera.pt/ocastanheirense/1781/adriano_coelho.htm.
As alterações climáticas são tema lido e relido constantemente, que não pode ser contestado ante a evidência de reais provas. O que não consigo perceber é o que esta primordial questão tem de concreto a ver com os pretensos investimentos em estruturas de sky avançado com recurso a neve artificial, sabendo que o retrocesso deste estado do aquecimento global só será verdadeiramente conseguido com o inverter de situações e práticas de agressão directa á atmosfera. Que não fica bem na paisagem e é agressivo ao olhar essa panóplia de tralha, ainda vá que não vá. Agora questionar o gasto de x milhões só porque alguém se arvora em defensor e visionário do futuro e acha mal por achar mal, não me parece sequer aceitável, quando não apresenta soluções de concreto, cruas, frias e reais. Não concorda com o gasto de x milhões por blá, blá, blá....Ok! Então onde estão as alternativas reais, estudadas, apresentadas, para além da conversa de crescimento sustentável,da necessidade de revitalizar as comunidades, do muito bom que é passear a pé pela montanha? Alternativa é y milhões aplicados concretamente nestes projectos ao fim de x anos trazem estas ou aquelas mais-valias, com o bem estar das populações nisto e naquilo, etc., conforme os estudos e exemplos tais e tais! Do alto da minha fraca 4ª classe ainda consigo perceber que o problema da Serra está mais assente nos incêndios, conforme como bem referiu opinião de Gonçalo Vieira; dai que o aquecimento global na sua génese não é para a Serra ainda motivo de preocupação, como refere também o ilustre investigador. E se o fosse que seriam dos Alpes, da Suiça, da Serra Nevada ou de Andorra? E de nós, por tabela, com o regresso de mais uma quantidade de emigrantes por falta de trabalho nas maravilhosas e geradoras de riqueza estâncias de sky!
Outra coisa que não entendo é essa peculiar maneira do autor meter realidades diferentes da mesma Serra, nomeadamente das suas gentes, no mesmo saco. Refiro-me concretamente a querer comparar o incomparável, quando opina sobre a implementação do Museu do Pão versus espaço de sentidos, teimando em apresentá-lo entre as Caldas e o Pisão.
Outros antes tentaram noutras paragens procedimento igual, nomeadamente na Reforma Agrária, e o resultado foi o abandono que está á vista! Quiçá cenário maravilhosa para quem gosta de andar a pé, sem cheiros estranhos, ruídos....funiculares.....gente....
Ainda neste ponto da futura ausência de neve impeditiva a "breve" prazo da prática de desportos de inverno concordará certamente, que se menos neve menos degelo e consequentemente menos caudal nos rios.Então se não há neve para o sky pelo menos isso terá o condão de revogar as opiniões de comentaristas e colaboradores, sendo assim possível efectuar um investimento de campo de golf, já que o leito de cheias deixará de o ser.
Os meus agradecimentos por me deixar meter a colherada.
Caro Penhas, faça o favor de continuar a meter a sua colherada.
Sobre a produção artificial de neve, tem que se ter em mente que é a produção que é artificial, a neve produzida é a normalíssima de Lineu. Ou seja, quando está calor, derrete. Eu não tenho dúvidas que os canhões de neve possam produzi-la mesmo com altas temperaturas, pulverizando para o ar uma nuvem espessa de cristaiszinhos de neve; duvido é que cheguem ao chão (que é onde são necessários para se poder esquiar) antes de se liquefazerem. Tanto que assim é que este ano, mesmo com todos os canhões de neve a "bombarem", a estância praticamente não funcionou. Fenómenos relacionados ocorreram por toda a Europa: estâncias que abriram mais tarde, outras que abriram mas depois tiveram que fechar, etc. Não basta fazer neve; isso é fácil. Difícil é mantê-la sólida... Por isso, os meios de produção artificial de neve funcionam quando neva (para reforçarem a "produção natural") ou em dias frios, quando já há uma cobertura de neve.
Está a pedir-me projectos detalhados, "alternativas reais, estudadas, apresentadas, para além da conversa de crescimento sustentável,da necessidade de revitalizar as comunidades, do muito bom que é passear a pé pela montanha? Alternativa é y milhões aplicados concretamente nestes projectos ao fim de x anos trazem estas ou aquelas mais-valias, com o bem estar das populações nisto e naquilo, etc., conforme os estudos", etc? Olhe, não sou eu quem pretende gastar milhões dos nossos impostos. Diria que esses é que deveriam apresentar justificações sólidas, mais sólidas do que os que *não* defendem esses investimentos. Se não se importa, experimente pedir esses estudos e análises de alternativas a quem defende que se esbanjem deste modo estes milhões. Vai ver o nada que encontra. Só paleio, economês, discursos balofos, pretensiosos, vazios, irrealistas... E desculpas esfarrapadas atirando a responsabilidade pelas asneiras para cima do capote do próximo e todos para cima do PNSE. E delírios megalómanos como este da Câmara Municipal da Covilhã, de transformar as Penhas da Saúde numa estância de montanha capaz de rivalizar com as dos Alpes ou dos Pirinéus (ver aqui) Eu sei do que falo, já tentei isto que agora lhe sugiro.
Acusa-me de misturar alhos e bugalhos... E depois vai buscar a reforma agrária?! Desculpe, mas eu também não sou nenhuma luminária. Não percebo onde quer chegar. Agora, sobre a reforma agrária, mesmo sem ser sociólogo, acho de uma grande originalidade essa sua tese de que foi ela a causadora do abandono do Alentejo assim como ou a de ter sido conduzida com uma atitude semelhante à que tentamos manter aqui no Cântaro Zangado... Mas vejamos, já lhe disse (no blog Manteigas) que essa ideia do "espaço de sentidos" entre as Caldas e o Pisão foi apenas a primeira que me veio à cabeça. O que eu queria tornar claro é que um tal empreendimento, a ter sucesso (coisa que não está à partida garantida), teria um impacto socio-económico muito mais positivo se implantado nas imediações de Manteigas do que nas Penhas Douradas, porque é em Manteigas que as pessoas moram, que têm os seus restaurantes, os seus comércios. E ficaria muito mais barato perto de Manteigas, onde já há infraestruturas urbanas consolidadas, do que lá em cima. E por isso usei o exemplo do Museu do Pão, que está bem onde está e não estaria bem na Lagoa Comprida, no Vale do Rossim ou na Torre. Diga-me lá porque é que acha que estou a misturar alhos com bugalhos? Claro que o Museu do Pão não é uma floresta encantada, mas em quê é que isso contraria o meu argumento? É como a história do Casino (dirá o Penhas que estou a meter mais bugalhos na nossa conversa de alhos, mas eu acho que não): se pode ser construido na Covilhã, Guarda, Manteigas, Gouveia, Seia (e podia continuar enumerando as terras menores), porque raio há-de ser construído nas Penhas da Saúde, onde não mora ninguém?! Porquê? Porventura há mais possibilidades de sucesso num empreendimento que obriga os seus clientes potenciais a deslocarem-se 10km (os que vêm da Covilhã, para os outros ainda seria pior) através de uma estrada sinuosa, com a meteorologia perigosamente típica das montanhas, do que noutro que se implanta onde mora gente, num sítio servido com acessibilidades infinitamente melhores? Eu não entendo esta mania de atirar para a Serra todas as construções que nos passam pela cabeça, que agora se manifestou nos planos de José Manuel Biscaia. Transformar a serra em subúrbios, parece ser a palavra de ordem.
Tem razão quanto à gravidade potencial das consequências do aquecimento global. A que menos me preocupa é a enventual inviabilidade da prática do esqui na Serra da Estrela (e olhe que eu gosto mesmo muito de esquiar). As consequências possíveis são muitas, muito variadas e muitíssimo mais preocupantes, por exemplo essa que refere: alteração dos regimes da precipitação, com diminuição do caudal dos rios, consequente redução drástica da produtividade agrícola, etc. Ainda recentemente um importante quadro das Nações Unidas (desculpe, mas não tenho aqui presente o nome) defendeu que a tragédia do Darfur é a primeira guerra causada por problemas ambientais decorrentes do aquecimento global. Duvido que venha a ser a última. Comparado com isso, o esqui é uma brincadeira!
Só mais uma coisa: não se trata só "do muito bom que é passear a pé pela montanha". Em qualquer montanha da Europa, isso é um negócio, e dos mais importantes. Veja o Ben Nevis, na Escócia. É a montanha mais alta das ilhas britânicas, parecida com a nossa serra, mas mais fria (porque mais ao norte). Não tem estras nem telecabines nem funiculares para o topo. Mas todos os anos perto de 150000 turistas (outros chamam-lhes montanhistas mas para mim é o mesmo, desde que não incluamos os guias profissionais) chegam pelo seu pé ao topo. Imagino que, por cada um desses montanhistas, uma média de um acompanhante que não sobe permanece também na região. Ou seja, digamos 300000 turistas por ali, hospedados, a comerem e a comprarem equipamento de montanha, serviços de guias, souvenirs.
Ainda este inverno fui esquiar a Baqueira, nos Pirinéus; por todo o lado (nas recepções dos hoteis, nas mercearias, nos cafés) encontrava publicidade a empresas oferecendo guias para passeios a pé, aluguer de bicicletas, passeios a cavalo, mapas com trilhos, manuais de campo para intepretação da flora e da fauna, etc.
Nos Picos da Europa (Astúrias) há um trilho com 12 km de extensão que atravessa a cordilheira. É muito percorrido por turistas. Que fazem quando chegam ao fim do trilho? Pois, têm a base no lado oposto da montanha... Ou voltam a pé para trás (foi o que eu fiz quando lá fui há uns 15 anos) ou (possibilidade mais recente) combinam com alguma empresa, das muitas que oferecem esse serviço, transporte (à volta da montanha) para o ponto de partida. Esse serviço não se limita ao transporte, consiste antes numa autêntica visita guiada aos pontos com maior interesse ambiental, cultural e histórico da região.
Volto a dizer, aquilo de que falo não é nenhuma utopia, nenhum sonho idealista. Falo de negócios, tal como são desenvolvidos em todas as montanhas da Europa, mas não aqui na Serra da Estrela. É tempo de acordarmos, caramba. Não é com funiculares, casinos, estradas pelo maciço central ou telecabines que teremos desenvolvimento. Não é sonhando que a Serra pode ser uma estância de esqui como as da Europa (e essas já não são o que pensamos) que sairemos da sepa torta.
"Ainda este inverno fui esquiar a Baqueira, nos Pirin�us; por todo o lado (nas recep�es dos hoteis, nas mercearias, nos caf�s) encontrava publicidade a empresas".... Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Ser� verdadeiro dizer que n�o apareceriam empresas de presta�o de servi�os do g�nero indicado se o sky n�o atra�sse muitos praticantes? Ou pelo contr�rio, apareceriam certamente mas da maneira como um comentarista escrevia num dos seus textos anteriores "Porem, convem real�ar que as (poucas) empresas que dinamizam a canoagem nessa regiao(SE) cobram bastante por uma escassa hora de passeio. Se formos a fazer as contas, o que se pagaria por uma hora de passeio daria para varias horas de passeio de automovel (com a vantagem de se poder encostar e explorar os locais sem limites de tempo)".Claro que o problema n�o � dinheiro, pelo menos para a elite que frequentemente se desloca ao exterior e usufrui dessas empresas! Agora fomentar empresas semelhantes por c� sem termos neve, nem estruturas, nem altitudes semelhantes, nem glaciares, nem bosques, nem uni�o em torno de objectivos, a pre�os de l�....ser�o para ser usadas frequentemente e de maneira a ser rent�vel por quem? Por estrangeiros permita-me duvidar porque condi�es muito melhores do que as nossas teem eles e al�m disso � do nosso sol e aguas quentes que eles gostam! Se n�o por estrangeiros, ent�o ser�o as elites nacionais que teem poder de compra para adquirir essas presta�es de servi�os a peso de ouro, como dizia o comentador canoista.
Estaremos a assistir a uma luta de titans, sobre o controlo do futuro da Serra, onde no fundo quem se lixar� ser�o sempre os mesmos?
Mas voltando a uma das quest�es que levantei no decorrer desta anima�o; com agradado verifico que o tal campo de golf j� n�o � objecto de oposi�o, uma vez que a ser concretizado n�o ser� na montanha, ser� junto das urbes criando mais valias no desenvolvimento do com�rcio e da restaura�o e sobretudo, uma vez que decresce a neve, o degelo e o caudal dos rios, tamb�m o leito n�o ser� de cheias.
Recordo-me das pol�micas frontais que este assunto suscitou, com forte oposi�o daqueles que habitualmente a fazem (discutivelmente com ou sem raz�o) tendo inclusivamente nestes dias tido a oportunidade de ler um coment�rio do ilustre seu colaborador no mesmo sentido. Neste caso concreto, ca�dos aparentemente por terra os argumentos ent�o utilizados, quem nos garante que os agora invoncados na tentativa de travar outros investimentos, n�o venham no futuro a cair tamb�m? N�o temos ainda o cond�o da "nossa" palavra ser a verdadeira verdade.
Não tenho condão nenhum, mas isso não significa que não deva dar a minha opinião, explicá-la o melhor que posso e tentar convencer os outros dela. Acontece comigo como acontece consigo. Se não encontra mais argumentos para rebater os meus do que esse de dizer que não posso ter a certeza de ter razão, acho que já o convenci. É claro que posso estar errado, assim como pode ser o Penhas a está-lo. Mas as teses que defendo ainda não foram experimentadas. As da Turistrela, Região de Turismo e Câmara da Covilhã tem produzido, ao longo das décadas, o que se vê.
Não, não é o esqui que gerou as novas formas de turismo. talvez em Baqueira o esqui seja mais antigo, mas apenas isso. Só para dar três exemplos, em Gredos (aqui ao mesmo lado, em Espanha) o turismo de natureza começou muito antes do esqui (a pequena estância que lá existe tem perto de cinco ou seis anos); nos Picos da Europa há apenas uma pequena estância de esqui, mas há muito tempo que esta cordilheira é um grande centro de turismo de natureza; no Gerês, não se pratica esqui e o turismo de natureza e o turismo activo vão de vento em popa. E há turismo de natureza onde nunca há neve: veja Doñana, no sul da Andaluzia, por exemplo.
E mais uma vez não o entendo: diz que não temos condições para fomentar empresas de turismo que não vivam da neve porque por cá não temos neve? Então temos condições para fomentar o quê? Turismo de neve?! Não sei dos preços da canoagem por cá, não sou praticante. Mas acredito que sejam altos. E acredito que o sejam porque há poucas empresas a oferecer esse produto. É só isso. Se lhes dermos espaço *e protegermos o ambiente e as paisagens*, se incentivarmos os jovens a abalançarem-se (e já vai havendo alguns exemplos) em breve as coisas mudam. Mas temos que evitar urbanizar a eito os espaços onde essas actividades (e incluo nelas até coisas que não me agradam como passeios de jipe e moto-4) se praticam.
Não estamos a assistir a nenhuma luta de titans, acredite. Temos projectos que autarcas, Turistrela, Região de Turismo e muitas pessoas como o Penhas entendem ser fantásticos, e temos pessoas que não concordam. Temos o direito de dizer que não concordamos e de explicar porquê. É só isso. Achamos que é mau encher a Serra de subúrbios, de residências de férias fechadas durante quase todo o ano, de estradas, de telecabines com viabilidade mais do que duvidosa. Achamos que massificar assim a serra destruindo as suas paisagens e o seu ambiente, não é bom para ninguém, a não ser eventualmente para os promotores desses mesmos projectos, por via dos apoios que vão buscar ao estado. É só isso. O Penhas tenta convencer-me de que estou errado, eu tento-lhe fazer o mesmo. É um debate. É uma coisa boa.
Bem, ao menos admitiu que poderá estar errado!
Caro Penhas, não me conhece. Não faz a menor ideia de quais são os meus traços de personalidade. Se me conhecesse veria o ridículo que é estar a apresentar essa constatação como uma grande vitória sua. Esse é um pressuposto básico que sigo sempre. Analiso criticamente as minhas convicções e os argumentos dos outros e mudo muitas vezes de opinião.
Já agora, ficava-lhe bem reconhecer que talvez o Penhas não seja infalível, também...
Idem "". Nunca entraria num debate para vencer e o seu reconhecimento de que poderá estar errado, não será nunca para mim motivo de regozijo. Igualmente não me conhece bem. Aliás nem bem nem mal!
E nem preciso de reconhecer que não sou infalível. O Jota do Manteigas confundiu-me com um suposto elemento do PSD local, penitenciando-se quando descobriu o erro. Possivelmente no seguimento disso, referiu por diversas vezes nestes pequenos debates de ponta-de-dedos do seu Zangado Cântaro, que seria eu um acérrimo defensor dos poderes instituídos em prol da massificação destrutiva(no seu entender) da Serra.
Portanto a existir algum reconhecimento é por mim desnecessário referi-lo uma vez que já o terá feito pela minha pessoa. Não espere que lhe agradeça esse seu "jogo" de antecipação e na minha modesta opinião a análise critica que faz dos dos outros, revelou-se no meu caso de uma enorme superficialidade o que é de estranhar por um lado dada a vivência espelhada mas não tão estranho por outro, dado o blog que mantem sem comentários oposicionistas.
Penhas, a nossa discussão começou com a sua oposição às criticas que fiz aos projectos de construções nas Penhas Douradas do presidente da Câmara Municipal de Manteigas. Posso mostrar-lhe onde é que defendeu este específico poder em particular. Não sei se é um "defensor dos poderes instituídos" em geral. Pode mostrar-me onde é que o acusei disso?
Não sei porque refere que o meu blog não tem comentários oposicionistas. Estará porventura a sugerir que não os permito? Ou que os apago? E como classifica os seus comentários? Não são oposicionistas? Mas esteja à vontade para vasculhar os arquivos do blog, verá que os seus não são, nem pouco mais ou menos, os únicos. Agora, claro que tento responder aos que me interpelam, ainda mais se defendem posições com as quais não concordo. Não acha normal que assim seja?
Acredito que a análise crítica que faço dos outros seja considerada superficial. Aliás, eu tento nem a fazer. Tento, isso sim, analisar os seus argumentos e os projectos que anunciam. Análises de pessoas, faço por reservá-las para o estricto plano pessoal. Pode mostrar-me onde é que fiz uma análise crítica da sua pessoa? Aceito também que a análise que faço de argumentos e de projectos seja igualmente considerada superficial. Tanto melhor!, mais fácil é então rebater os meus pontos de vista! Vamos a isso?
Saudações!
"Estará porventura a sugerir que não os permito? Ou que os apago? E como classifica os seus comentários? Não são oposicionistas?" Claro que são! Os poucos únicos, talvez! Apagar, não permitir, nunca sugeri tal coisa! O que eu afirmo mesmo é que o seu blog tem muito tempo de escrita, muitas horas de critica e poucos comentários em tanto texto! Concordarão todos os seus visitantes com a suas ideias? Ou pelo contrário leem e passam como cão-por-vinha-vindimada? Pois que debate de ideias, como estes que temos vindo a ter, aparecem pouco!
Mas voltando ao mesmo tema, não acha que tivesse eu tão mal opinião de si, não teria já saído pela porta que é a serventia da casa?
E debatendo consigo ponto por ponto, mais lhe digo, que este inicio de conversa(com a peixeirada k reconheço)foi motivado tão só e apenas, porque alguém colocou como alternativa ao investimento das Penhas Douradas a zona entre o Dique e as Carreiras! Tão só!
E isso, para mim que sou de Manteigas, denota logo á partida que não tem grande conhecimento do que é Manteigas. E não tem conhecimento porque é nas pequenas coisas, que quem é de Manteigas reconhece quem é da "casa" ou não!
Penitenciou-se mais tarde, ok! Não foi a melhor escolha alternativa, tudo bem, já cá não está quem falou!
Mas até agora ainda não me disse, se o tal investimento para as Penhas Douradas não pode ser lá, onde poderá ser de uma maneira mutuamente aceitável!
Não me disse mas continua a achar que nas Penhas Douradas não se deve fazer nada, porque já se fez noutras paragens e vejam como está, blá, blá, blá.....
Não me disse mas nunca equacionou que poderemos todos nós ter aprendido com o k de mal se fez no enfiamento Torre-Covilhã, e por isso, se possa achar a ideia de desenvolver as Penhas Douradas como muito interessante pesando condicionalismo inerentes á localização e ao conhecimento de investimentos antes feitos!
O ilustre bloguista é conhecedor profundo da Serra.
É pessoa de bem.
Mas não conhece Manteigas como eu conheço nem as Penhas Douradas.
Nunca viveu a animação das Penhas, das casas cheias, da muita gente. Nunca viveu!
Nem sempre as Penhas foram assim, como hoje são.
E não me venha com conversas tipo: "ai e por isso vamos deixar lá plantar mamarrachos como os que há em toda a Serra(nomeadamente no eixo Covilhã-Torre)" Claro que não vamos deixar. Mamarrachos não. Como a antiga casa dos Cantoneiros, mesmo em frente á Casa da Fraga, recuperação feita á moda do PNSE, alteração total da traça conforme fotografias que mantenho da origem da Casa da Fraga e do primeiro observatório datando de 1886, com cortes quase radicais nas tramaseiras, etc.
Casimatas para turismo de montanha....
Agora, que lhe fique esclarecido, tão pouco quero saber dos problemas de outras paragens da Serra. Vá lá perguntar ao Herminio se está preocupado com a estrada que vão abrir do Alvoco a Unhais, ou se algum Manteiguense se sente verdadeiramente prejudicado com 63 casimatas que permitiram se construíssem nas Penhas da Saúde!
Sabe, uma das coisas engraçadas que houve sempre em Manteigas desde tempos imemoriais, foi a capacidade de existir alguma democracia com monarquicos e republicanos, com os do contra e os a favor, com bairrismo.
Porque o carissímo não é bairrista, não padece dessa doença, mas eu sou e muito, e muitos Manteiguenses o são q.b., porque nós está no sangue, porque nos está na alma, dos tempos das rivalidades entre macarroncos e chavecos.
Ou julga que quem gosta das Penhas Douradas, que escolhe sempre como destino preferido de lazer está interessado nos engarrafamentos dos seus lados? Tão pouco estamos interessados na pasmaceira.
Caro Penhas, não sou de Manteigas, é certo. Mas gosto de passear por zonas do conselho de Manteigas. Assim como achei que devia ajudar na plantação e sementeira de carvalhos e tramazeiras no conselho de Manteigas, acho que tenho o direito de dar a minha opinião sobre os projectos que o presidente da Câmara Municipal aunuciou.
Será verdade que não conheço a realidade de Manteigas muito bem, e por isso mesmo admiti que a localização que sugeri para a "floresta de encantar" (algures na região entre as Caldas de Manteigas e a parte mais central) pudesse ser disparatada. Mas não é disparatada apenas porque eu não sei nada de Manteigas. Já que não há maneira de largar este assunto, caro Penhas, diga-nos: porque é que considera a minha sugestão assim tão disparatada? Mas vá. Pediu outra sugestão, cá vai: o bosque de faias e outras árvores junto à saída de Manteigas em direcção à Nave de Sto António.
Nesses "bons velhos tempos" que refere, em que as casas das Penhas Douradas estavam cheias durante o verão, havia funicular desde Manteigas? Havia alguma "casinha do pai natal"? E "Floresta Encantada"? Quantos centros de estágio desportivos animavam as Penhas Douradas nessa época de ouro? Nesses tempos, caro Penhas, nem sequer estava asfaltado o caminho até à barragem do Vale do Rossim! Que garantias tem que os projectos do presidente vão recuperar a animação perdida de outros tempos
Falta um ponto de interrogação no final do meu comentário anterior.
Mas, já que estou com a mão na massa, queria acrescentar o segunte.
Acho que já expliquei que o que defendo não é a "pasmaceira", é um turismo de qualidade (que não é sinónimo de, mas também não se opõe a, um turismo de luxo).
O Penhas diz que não se vão "plantar mamarrachos como os que há em toda a Serra (nomeadamente no eixo Torre-Covilhã)". Que garantias tem disso? Em particular, consegue ver um conjunto de grandes edifícios como os que constituem um centro de estágios desportivos discreta e harmoniosamente implantados nas Penhas Douradas? Eu consigo, mas dado o historial das construções na Serra tenho dúvidas que se comecem agora a fazer as coisas bem feitas.
Penso que uma principal razão para o declíneo da animação de outros tempos nas Penhas Douradas é a maior facilidade que hoje em dia as pessoas do interior em geral e de Manteigas em particular têm de chegar ao litoral, às praias. Só isso. Não me parece que centros de estágios desportivos, florestas encantadas ou casinhas do pai natal alterem este estado de coisas ou convençam as pessoas a passarem as férias nas Penhas Douradas, em vez de irem para a praia. O que é preciso é outra coisa, não é mais construções.
Apesar do orgulho que sente no seu bairrismo, talvez não devesse assim borrifar-se para o que se fez e faz nos outros conselhos da serra. Devia antes analisar as diferentes intervenções e as suas consequências. Já que mais não seja, para evitar que esbanjem milhões (pagos com os impostos de bairristas de outros conselhos, também) em grandes desilusões. Digo eu, que não sou bairrista.
;) Até breve!
Como lhe disse anteriormente (falamos em horas), não iria de férias sem passar por aqui, depois de tirar toda a manhã de Domingo para ver a SE pelos seus olhos e os do seu ilustre colaborador de lisboa. Reconheço, é verdade, que são fotos de extraordínário sentimento, de belo efeito visual, de qualidade, algumas consideraria quiçá, obras de arte até: indiscutivelmente! Alguém neste momento está a tratar de pendurar umas no meu escritório.
Pelo final uns cartazecos agarrados quase lá na lapela, na foto de famila, davam um final de graça á componente Plataforma. Deixe-me k lhe diga, sem melindre, que existem palavras na nossa escrita pós-25 de Abril, que agregando-se a outras 2 ou 3 formam pequenas frases, giras, de efeito mental engraçado estilo after-shave, palavras frescas: desenvolvimento sustentável, memória futura ... ... São daquelas palavras de impacto subtil, que se aplicam depois do banho para nos fazerem aparecer com ar mais limpo!
Mas gostei das fotos e o grupo era perfeitamente aceitável, para numa tarde de sábado nas Penhas Douradas compartilhar a minha mesa entre chouriças de Manteigas, salpicão e pão de carviçais, presunto encomendado ao Jaime quando vai a vinhais, meu ttouriga nacional deste ano k passou, azeitonas da vilariça e queijo de cabra como só em Verdelhos ainda se faz!
Outra página abri neste deambular de consultas pré-férias e eis k senão me aparece uma caminhada ambiental, iniciativa de louvar, mas que, kual diabito a fugir da Cruz, não apresentava nenhum grupo no trajecto Vale-do-Rossim .....Torre!
Chiça carissímo!
O pessoal marca uma tirada destas pela Serra, componente ambiental a sério, limpeza, mediaticamente visivel em vários blogs, 4 saidas diferentes para o destino Torre e para a tal foto de família pendurada na lapela, e ninguém ousou sair do Vale-do-Rossim? Ou do Mondeguinho? Nem um grupito apenas pensou sair por ex. da castanheira para não dizer do poço-do-inferno?E de Gouveia kem veio?
Que se passa???
"q la tia está borratcha"?
É notório, meu caro, que não existirá uma animosidade vossa para com Manteigas.
Aliás folgo em saber que Manteigas em peso esteve na vossa tirada Al Goriana. Casa cheia! Do melhor!
O que me continua a admirar é não existir nos vossos blogs referencias de primor a Manteigas, ás Penhas Douradas, etc. Um comentário normalmente negativo, um pequeno apontamento, uma participação(mediática) na plantação de carvalhos(mt. obg) e por aí!
Enriquecidos passeios por alí, niente!
Saídas para o percurso ambiental, niente!
Valorização do património ambiental, cultural, laboral, têxtil, artesanal, humanista, hidrico, agrícola, florestal, niente! Nem comercial! Nem gastronómico!
Em resumo nada de nada!!!
Fotos, nada!
Por acaso nas fotos até que aparecia uma garrafa de agua SE. Nem estou em crer k os ilustres desconheçam k Manteigas tem a Glaciar?!
Mas......desde k vi um réco a andar de bicicleta....
Claro que o caríssimo, pode sempre opinar e comentar qualquer aspecto da ou sobre a SE. É livre de o fazer discretamente ou no seu ambiente-mãe, de festivaleirice.
Saiba do k fala ou não!
Porque acho, ser de enorme dificuldade opinar livremente quando nao se conhece a matéria de facto; o ilustre sabia por acaso, que nas Penhas Douradas os físicos tratavam os tísicos?
Claro k não sabia, pois se teima em igualar a história das Penhas da Saúde á das Penhas Douradas!
Quando refere “Penso que uma principal razão para o declíneo da animação de outros tempos nas Penhas Douradas é a maior facilidade que hoje em dia as pessoas do interior em geral e de Manteigas em particular têm de chegar ao litoral, às praias”.
Está a gozar comigo?
Só pode ser ou então não sabe mesmo o k diz!
Não é bem não saber o k diz, é não conhecer puto da história da formação das Penhas Douradas e querer e teimar em compará-la ás Penhas da Saúde.
Mais ainda, é ter a veleidade de querer estabelecer uma relação igual entre o binómio Covilhã-PS e Manteigas-PD, sem saber sequer do k fala.
Não são realidades iguais, não teem estórias em comum nem parecidas, nem terão!
Não queira comparar a Cobilhã com Manteigas, nem tão pouco mais ou menos, nem nas suas gentes, nos seus anseios, nem em nada…..
Quer vir ajudar a plantar os carvalhos, venha, é bem vindo, que em casa de cada uma das nossas mães existia um azulejo que dizia” Bem vindo quem vier por bem”.
Quer vir Al Goregraniamente, pois venha, será sempre bem recebido, temos muita tradiçao em festivais-da-canção!
Agora no mínimo estude o GoogleEarth! Acho obvio, que pela última vez a localização do dito espaço dos sentidos não possa, não fique bem, instalada entre o dique e a Câmara Municipal, a não ser que na sua sabedoria imensa, queira colocar o centro de estágios nas instalações da império, a floresta mais ou menos na mata do poço-do-inferno e a casita de Papai Noel na Igreja da Senhora dos Verdes?
Quer que lhe diga mais alguma coisa sobre ser eu contra essa sua estapafúrdia possibilidade de localização?
E agora, o caríssimo, vem ainda na sua qualidade Al Goreniana alvitrar, que no seu sábio entender(ainda bem que é só no seu), o sitio perfeito para construir os ditos centros de estágio que só você imagina disfarçados na vegetação( o resto de pessoal, de Manteigas, coitados, pouca instrução, apenas, antes, físicos para tratar os tísicos, imaginam arranha-céus), será a saída de Manteigas para a Nave de St. António, em pleno Vale do Zezere!!!
Possa, por esta não esperava eu!
Quer então dizer o ilustre, que mutuamente aceitável seria a construção de um centro de estágios + um espaço dos sentidos + uma casimata de Papai Noel a ex. das que o PNSE altera por aí (e das quais não vejo no seu blog qualquer referencia) em pleno vale do Zezere?
Confesso, que quem me lê também ficou abanado!
Eu k ainda pensei que não podendo ser no sitio ideal (Penhas Douradas) poderia ser eventualmente com o aproveitamento da Mattos Cunha, por aí… … … ou então, um pouco para aquele lado da relva da cambaia, a caminho do vale, poderia ser um eixo fácil a explorar…..
Mas você saiu com esta e ficamos na ideia de que do Covão para baixo, não sabe nada de nada. Quando muito vai encher a garrafita(rótulo SE) na fonte Paulo Luis Martins e fica embebecido ao olhar para o Vale do Zezere, imaginando um centro de estágios lá mais ao fundo, com saída directa para um spa das termas, a preço mais módico do que em La-Vella, etc. e ainda curtir o blog, na boa, sem opocicionistas, sem ter k mudar de opinião!
Maravilha!!!!
Amandar umas bocas…, o pessoal não comentar…assim mais k também …, vamos até Manteigas vamos aqui pela Serra…… Escusado seria dizer-lhe, que quando vou inúmeras vezes á Covilhã, preocupo-me em ir fora das acessibilidades, de preferência via Verdelhos kom passagem pelo Teixoso e Canhoso.
Não vou pela serra, não! Gosto mais da parte de baixo, por Sameiro, pelo Sky-Parque, por Vale de Amoreira. Outras seguindo Valhelhas.
Não falo, do k não conheço!
Quando subo as Penhas da Saúde, faço-o de preferência de noite, rapidamente até Manteigas, evitando cruzar-me com algum covilhanense, chefe de algum blog, que de vez em quando por algum distúrbio, não sabe o k diz!
Pela parte k me toka, vou akabar de fazer as malas e ausentar-me por sessenta e poucos dias pelo menos, dox kuais uma parte significativa será nas penhasdouradas, como habitualmente em quase 49 anos.
Na certeza de que não me encontrarei consigo.
Na esperança de que tenha aprendido alguma coisa, pelo menos que os físicos em tempos serviam para tratar os tísicos, espero vir a lê-lo de outra forma.
Boas férias também para si.
Penhas, saiba que participaram na 1ª caminhada pessoas de Gouveia. Porque razão não partiram do Vale do Rossim, não sei. Se viu a publicidade, notou que estávamos abertos a diferentes percursos (e diferentes meios de transporte) para alem dos que nós próprios organizámos. Podia o Penhas ter manifestado vontade de partir do Vale do Rossim ou do Poço do Inferno. Se o tivesse feito, esse quinto percurso seria, igualmente, publicitado... Quanto a percursos saindo do Concelho de Manteigas, então o Covão da Ametade não é Manteigas? Oiça, na próxima vez quer ajudar a organizar uma coisa como deve ser? Faz o Penhas todos os trajectos que entende serem necessários? Todos ao mesmo tempo?
A Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável da Serra da Estrela está abertíssima à participação de pessoas de todo o país (até de Gouveia e Manteigas, veja bem!). Aliás, tem elementos de Gouveia (a Associação Distrital de Agricultores da Guarda e a Associação dos Artesãos da Serra da Estrela, entre outras associações aí sedeadas) e em Manteigas (a ASE). O Penhas também pode aderir, já que entende que falta alguém para elogiar Manteigas! Não que elogiar este ou aquele concelho fosse o que os fundadores da plataforma tinham em mente, mas isso (como tudo) pode mudar!
O Penhas esmaga-me com este novo post! É absolutamente notável, límpido, sucinto, sagaz, de fina e acutilante subtileza argumentativa, ao passo que eu sou um desprezável bandido (com terrenos perto de manteigas, que foi por isso que sugeri essa localização para a floresta encantada), semi-louco (com distúrbios e a precisar de psiquiatra), cuja ignorância sobre Manteigas me coloca ao nível das baratas, senão abaixo, e ainda, descobriu agora, obviamente mal intencionado para os de Manteigas e Gouveia, algoreano (e concerteza a pedido, que fui decerto eu que me mexi, remexi e "furei" até ser convidado para o tal evento), desconhecedor da sede da Águas Glaciar (só pode, pois se uma foto da 1ª caminhada mostrava uma garrafa das águas SE!) e impagável romântico bem intencionado embevecido com as expressões "desenvolvimento sustentável" e "memória futura" (passe a estranheza de ser ao mesmo tempo acusado de má vontade e de romântico bem intencionado)!
Como o Penhas diz, eu não sei do que falo! Sou ridículo. Sou tudo o que me chama e mais tudo o que ainda me há-de chamar se continuar esta discussão (chamemos assim a isto que agora temos, se bem que o termo não é o mais correcto). Muito bem. Quer avançar com argumentos que possamos discutir em termos em que os possamos discutir, quer ir para férias, quer continuar a insultar-me e a colocar na minha pena palavras que não escrevi e intenções que não tenho? Esteja à vontade para escolher qualquer das opções mas compreenda que se esteja a esfriar a minha vontade de continuar a discutir nos termos que tem utilizado com cada vez mais agressividade (injustificada, quanto a mim) e pouca educação.
Boas férias. As minhas ainda não são para já.
PS: deixei no outro post a resposta à sua última contribuição.
Só mais uma coisa, Penhas. Acusou-me de misturar alhos e bugalhos? A que propósito vem esta da "veleidade de querer estabelecer uma relação igual entre o binómio Covilhã-PS e Manteigas-PSD"? De que diabo está o Penhas a falar e que diabo pretende dizer?! Se é que quer dizer alguma coisa. Pode ser tudo resultado de estar a precisar mesmo muito de ir para férias...
Vi no Biosfera -RTP_N- alusão ao vosso blog. Gostei do que li e vou continuar a visitar-vos.
Fiquei admirada com os 15 comentarios, mas depressa me desiludi. O sr. Penha so merecia um!... Com comentadores destes é melhor nem dar resposta.
Continuem a dar a vossa opinião e não partam O Cântaro!
Caro(a) bzzourinho,
Viu no Biosfera uma alusão ao Cântaro Zangado?! Caramba! Mas falavam de nós? Ena, ena!
Quanto ao sr. Penhas, acho que merece um abraço, por dizer o que pensa num forum onde opiniões como as dele não costumam aparecer. Às vezes parece exaltar-se (coisa que tenho que reconhecer que me aborrece) mas isso pode acontecer a qualquer um... No problem! E é melhor uma discussão exaltada do que discussão nenhuma.
Estava já eu no meu canto a iniciar as tais ditas férias, aqui numa quintarola encravada entre Castelo de Vide e Marvão, quando não sei porque carga d´agua me vem parar um portátil ás mãos ligadinho a uma qualquer adsl.
Este meu amigo, que teve a amabilidade de me acolher tem uma vaca chamada de "Telhuda" porque quando vira as pontas para a direita não há kem a faça virar para a esquerda.
Registo com agrado essa sua resposta á besourinha(sempre achei a palavra besoura impregnada de forte sensualidade) principalmente na parte em k muito gratificantemente reconhece o aborrecimento das minhas exaltações.
Antes uma troca de palavras com um Prof. aborrecido do k com um ambientalista convencido.
Compreendo perfeitamente que quando se é de Ciências exista pouca empatia com Letras. Daí essa natural confusão quando eu escrevo binómio Covilha-PS(Penhas da Saúde) e Manteigas-PD(Penhas Douradas) e o Sr. Prof. lê e repete já com os neurónios em brasa Covilhã-PS(partido Xoxialista) e Manteigas-PSD(partido xoxial demo).
Ora isto é o k se chama mesmo os alhos quase em cima dos bogalhos!
Pergunto: kem vai baralhar outra vez?
Porque só vejo aqui algumas hipóteses: ou o Sr. Prof. fica com os neurónios em brasa cada vez que o aborreço, ou existe mesmo aquela pouca empatia entre Ciências e Letras ou é apenas também algum cansaço de final de época a precisar de merecido descanso.
De maneira alguma pensaria existir semelhanças com a normal postura da "Telhuda".
Continuação de boa meteorologia por aí, sem raios nem coriscos!
Ah!, nunca lá chegaria, caro Penhas! Dei voltas e voltas a tentar perceber onde queria chegar com essa dos binómios. Mas olhe que não fui eu que a inventei, foi o presidente da Câmara de Manteigas, quando disse que a verdadeira pérola eram as PD, não as PS (estou a usar o seu código). Nisso, até disse que concordo com ele, que as PS não são pérola de coisa nenhuma a não ser do mau gosto e do desordenamento. Mas acrescentei que se a CMM copiar nas PD os projectos da CMC para as PS (descubra o que quero dizer, é mais fácil agora), as PD ficarão tão descaracterizadas como as PS. E reconheça que há semelhanças entre os anúncios das duas CM's: Centro de estágios desportivos nas PS - Centro de estágios desportivos nas PD; Telecabine nas PS - Funicular nas PD.
O Penhas garante que a população de Manteigas não vai permitir que estas semelhanças nos anúncios se traduzam nos projectos e nas obras, mas olhe: vendo o que se passa no país todo, a gente começa a desconfiar que as populações não são ouvidas nestas coisas... A obra faz-se, com a ajuda dos milhões do estado ou da Europa, para o bolso de alguns (que, tantas vezes, nem sequer pertencem à terra) vão escorrendo os "prejuízos" decorrentes das usuais derrapagens financeiras, e pronto: saia mais um elefante branco!
Desculpe lá, Penhas, mas a gente, não sabendo, começa a imaginar estas coisas, que é tudo a mesma vontade de construir, construir, construir... Começamos a pensar que também em Manteigas chegou a tese que afirma que não há progresso nem desenvolvimento sem gruas, buldozers, e milhões do governo ou da Europa para pagar umas derrapagenszitas nas grandes e indispensáveis obras. O Penhas diz que isto é tolice de covilhanense, isto que estou a conjecturar. É possível. Mas reconheça que esta tese vinga em todo o país, pelo menos desde o tempo do Marquês de Pombal. O Penhas garante que Manteigas está imune. Eu não sei e por isso me assusto com estes projectos: porque, do lado da Covilhã, anúncios e discursos parecidos (a meu ver) com estes do presidente da Câmara de Manteigas resultaram nos abortos que, infelizmente, conhecemos tão bem.
Quanto a essa pouca empatia entre as Ciências e as Letras, para mim não passa de uma lenda. Pelo menos no que concerne à atitude dos de ciências para com as letras. Olhe, sou maluco por literatura, devoro ficção, menos ensaios (mas tenho que reconhecer que não gosto de poesia quase nenhuma). Troco livros e discuto-os com os meus colegas das ciências (e das outras áreas também), alguns são leitores tão entusiastas como eu, alguns mais ainda. Quando era mais novo e tinha mais tempo, participei em grupos de teatro e andei pelas músicas também, juntamente com colegas das ciências também, entre os outros....
Nos das letras é que parece ser mais usual (mas não regra geral) a atitude "Matemática ou Física? Ui, que horror!"
Por isso, descanse. Não é por o Penhas não ser de Ciências que não deixarei de esforçada e bem intencionadamente tentar entender o que diz, e não foi, pode crer, por isso que não o entendi na coisa das PS e PD... Mmmm, será por isso que às vezes o Penhas parece não me entender a mim? ;)
Vá, grande abraço, e excelentes férias! (Que inveja!)
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