segunda-feira, junho 25, 2007

Post Scriptum

O blog Manteigas republicou o meu post Florestas de encantar, coisa que me encheu de alegria. Ainda mais porque se gerou aí uma discussão muito maior do que aqui no Cântaro Zangado. Como é normal nestas discussões na blogoesfera, a coisa nem sempre se pautou pelos mais elevados padrões da civilidade (se eu não me enterrei muito neste aspecto, aposto que foi apenas porque estive offline todo o fim de semana e portanto, no essencial, não participei na discussão), mas uma discussão é uma discussão. Bem educada, óptimo; mais à peixeirada, paciência mas, mesmo assim, ainda é melhor que nada! Muito obrigado ao Jota do Manteigas.
Para tornar claro que não tenho nenhuma sanha contra o desenvolvimento de Manteigas, deixei lá este comentário:
Jota, obrigado pela divulgação dada ao Cântaro Zangado.
Gostava de tornar claro que nada teria a opôr aos projectos do presidente da Câmara de Manteigas, caso ele os pretendesse levar adiante dentro de Manteigas ou nas imediações. Acho muito bem que se construa uma casa do pai natal dentro da localidade, ou um jardim tipo espaço de sentidos ou floresta encantada, por exemplo entre a zona do viveiro das trutas e a do colégio de N. Sra. de Fátima, onde ainda há espaços aprentemente desocupados. A animação que estes empreendimentos eventualmente viessem a gerar traria dividendos ao comércio e aos estabelecimentos de restauração e hotelaria de Manteigas, muito mais do que o que se pode perspectivar com a sua implementação nas Penhas Douradas. A viabilidade económica dos empreendimentos seria também menos duvidosa. E os impactos ambientais seriam menores.
Veja-se o exempo do museu do pão em Seia. É razoável acreditar que teria tido mais sucesso se se tivesse construido na Sra do Espinheiro ou na Lagoa Comprida? É razoável acreditar que, construido nesses locais, contribuiria, como contribui onde está implantado, para o turismo e o comércio do concelho de Seia?
A minha questão é esta: há um espaço natural que tem um alto valor ambiental e que pode servir de grande atractivo turístico. Para isso há que protegê-lo. Logo, tanto quanto possível, devem evitar-se as construções em altitude. Por razões ambientais, claro, mas também por razões socio-económicas: não é preciso revitalizar as localidades, onde os habitantes moram? Então porquê atirar todas as ideias que se nos ocorrem para as zonas altas e despovoadas?

Sem comentários:

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!