Se cá nevasse fazia-se cá ski
O centro do Porto pintou-se de branco para receber o primeiro slalon gigante urbano do mundo. 75 participantes nacionais federados desfilaram perante os olhares da cidade.
Vale a pena comentar a parolice deste evento? Ou a enorme pegada ecológica associada? O seu novo-riquismo evidente? Mostrar espanto perante o esbanjar de riqueza num sítio onde também se ouvem queixas de falta de investimento por parte do estado central? Constatar o absurdo de ver este luxo faraónico lado a lado com problemas sociais gravíssimos?
Talvez. Mas quero antes notar que, pela sua extensão (200 m), esta pista ultrapassou o conjunto das que estiveram abertas na estância Vodafone, na Torre, durante a quase totalidade da temporada de Inverno que agora acabou.
Face a isto, ainda alguém tem coragem de afirmar publicamente que o futuro do desenvolvimento do turismo na Serra da Estrela passa pela estância de esqui?!
Isso sim, é verdadeiramente espantoso!
4 comentários:
o que tá a dar é ser diferente, de qq modo.
a seguir vão construir uma praia na Torre, não dos Clérigos, mas da Estrela..
agora em tom mais sério.
Lembro-me qd a equipa avaliadora do Património Universal da UNESCO veio ao Porto e estava na altura um pouco indecisa.
Então subiu essa rua 31 de Janeiro e perante a impressionaste e singular vista até à Torre dos Clérigos, referiu que aquilo finalmente a convencera a atribuir ao Porto esse estatuto.
Isto foi dito pelo meu conterrâneo Fernando Gomes, ex-presidente da Invicta.
Vi imagens na televisão. As objectivas das máquinas fotográficas distorcem a realidade. A pista era minúscula, a inclinação quase inexistente... o “slalom” completamente virtual... Uma tristeza...
De facto e de lamentar gasots de dinheiro como esse e um evento que nada tem que ver com o Porto!
Somos mesmo parolos!!!
Um abraco do d'Algodres.
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