Quando chegámos ao hotel onde ficámos hospedados em Baqueira, ofereceram-nos um folheto com um programa de actividades extra esqui. Infelizmente, não o guardei. Entre outras possibilidades, sugeriam passeios a cavalo e visitas guiadas aos locais de interesse histórico e cultural do Vale de Aran.
Na salão de estar do hotel, sobre uma mesa, folhetos de publicidade a diversas empresas, oferecendo aulas de esqui de pista, guias para esqui fora de pista e de travessia, heli-ski. Um folheto, em particular, publicado pelo Conselh Generau d'Aran e o Tourisme Val d'Aran, tinha um título que me intrigou: "Era Val d'Aran — que fer... a mes d'esquiar?" ("Vale de Aran — que fazer... para além de esquiar?"). O que sugerem que se faça ali para além de esquiar nos cento e poucos quilómetros de pistas? "Senderisme", ou seja, pedestrianismo. O folheto indica uns poucos de pontos de interesse (paisagístico, histórico, cultural) acessíveis através de trilhos pedestres, e inclui um mapa desses trilhos. Tudo numa folha de papel "glossy" A4.
No mesmo salão, encontrei, alguns dias mais tarde, a revista Pànxing Pirineus, distribuida gratuitamente. Editada por autarquias e organizações de turismo da região (e pelo governo de Andorra), com publicidade a empresas e alguns artigos sobre coisas para ver e fazer na região. Quase todos os artigos referiam o pedestrianismo, relacionando-o com os valores ambientais, históricos e culturais dos Pirinéus.
Nos supermercados encontrei mapas de percursos pedestres e mais publicações sobre o património da região.
Enfim, por estas e outras se vê que não é só pela falta de neve que a Serra da Estrela não é um grande centro de turismo de montanha. É que não basta dizer que a Serra não é só neve, senhores responsáveis pelo turismo...
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