Nesta notícia, difundida pela LUSA, pode ler-se que o valor investido foi de cinco milhões de euros e ainda, a páginas tantas,
O presidente da Câmara Municipal de Seia, Eduardo Brito, disse à Agência Lusa que o CISE "é uma estrutura de interesse estratégico para a cidade e uma peça fundamental para a região". O projecto foi criado como uma estrutura da autarquia orientado para o desenvolvimento de actividades de educação ambiental e de valorização do património da Serra da Estrela, com "a missão de reunir e divulgar conhecimentos sobre os processos naturais, sociais e económicos que condicionam a vida nesta montanha", adiantou o autarca.Ora bem, isso é que é falar!
Em Seia, Gouveia e Guarda há postos de informação do Parque Natural da Serra da Estrela; em Manteigas, temos a sede do Parque Natural; em Gouveia, há ainda um centro de recuperação de animais selvagens; na Guarda há o Jardim do Sudoeste Europeu; em Seia, têm este fantástico CISE.
Na Covilhã não há um Centro de Interpretação da Serra da Estrela, nem sequer um mero posto de informações do Parque Natural, nem nada. Temos apenas a sede da Turistrela, a da Região de Turismo e o alucinado projecto da minicidade (ou lá o que diabo é) das Penhas da Saúde, com que (assim se diz, sem ninguém se desfazer em gargalhadas) se pretende concorrer com as estâncias de montanha dos Alpes e dos Pirinéus.
Na Covilhã, estamos mesmo muito à frente, não estamos?
4 comentários:
José, não podia estar mais de acordo...há anos que partilho dessa estranheza, sobretudo de ninguém na Covilhã parecer preocupado com isso; o que é bem a prova de que continuamos a conviver mal com a existência do Parque.
Aproveito para dizer (com algum espanto da minha parte, à mistura!) que fui entrevistado pelo "já agora", onde defendi que se deveria aproveitar a pretensa transformação do Parque Alexandre Aibéo num Jardim Botânico com espécies da Estrela, para tentar corrigir esta situação.
Acho que se deveria aproveitar a anunciada desmantelação dos serviços Florestais na Biquinha, para negociar com o Estado Central a cedência dessas instalações, para aí instalar um centro de interpretação do jardim a criar no Parque Aibéo e da própria Serra. Poderia ali ser criado, entre os dois espaços, um interessante "corredor verde", que em sonhos gostaria de ver prolongado até à zona da "Floresta".
Defendo que este centro de interpretação deveria funcionar em parceria, e não em competição, com o CISE de Seia.
Claro que esta é a minha modesta opinião, quem sou eu para decidir o que fazer com os dinheiros do erário público.
Ora bem, esse seria um excelente aproveitamento para o Parque Alexandre Aibéo (e já é de aplaudir a intenção manifestada pelo presidente Carlos Pinto de fazer reviver o parque) e para as instalações dos Serviços Florestais.
Quanto a uma possível competição com o CISE de Seia, seria o desvirtuar completo do projecto. A Serra une-nos, estamos todos "colados" por ela. Só um doente (como esses que enchem os vários pequenos poderes regionais) poderia entrar por essa via bairrística. Pelo que conheço do pessoal do CISE, aposto que se estariam nas tintas para esse tipo de "desafios". Mas, é claro, basta mudar a gestão da Câmara (mesmo que não se altere a sua cor partidária) para se mudarem certas orientações...
Não entedo pq n saem do papel as ideias...na covilhã as iniciativas parecem estar presas a não sei mt bem o quê!!! A verdad é k tds estes atrasos s anos perdidos...é c diziam no post anterior "n se passa das intenções".
C tanto dinheiro k está destinado p esta zona, n se podem contratar técnicos especializados na área p "soltar" estas ideias e outros projectos e iniciativas??? Oh covilhã, Covilhã...onde estarás no futuro se as tuas preocupações n mudarem?!
Por um lado, até tenho medo do que eles querem fazer com o "parque da mata"...
É certo que aquele parque está deixado ao abandono, sujo, ... mas até gosto dele e acho que com algumas pequenas alterações/melhoramentos, o transformariam num parque bem bonito.
Tenho receio que a transformação que lhe desejam fazer, seja transforma-lo num parque moderno, com oliveiras, relvões, bancos de aço, abatendo os (possivelmente) centenários pinheiros que lá estão.
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