já o disse aqui. Hoje, digo-o a propósito de duas notícias no Público de ontem. Esta, sobre a corrupção autárquica em Espanha. Não por ser uma coisa boa, mas por ficar a saber que lá, os bandidos não só não são reeleitos, ainda vão para a prisão! E repare-se neste excerto: "'É uma questão a ser ponderada'. Desta forma enigmática António Vercher, Procurador de Urbanismo e Meio Ambiente, admitia há dias a possibilidade de uma solução radical: a destruição de 100 mil casas construídas ilegalmente em Espanha[...]".
A outra notícia só a encontrei na versão impressa e refere a travessia de "Um milhar de carneiros em Madrid", acompanhados pelos respectivos pastores, evento que ocorre anualmente há já 13 anos e com o qual os pastores tentam "alertar as autoridades para a crescente destruição dos antigos caminhos antes percorridos pelos rebanhos e onde agora se eleva todo o tipo de construções".
Se acrescentarmos ainda o facto de mais de doze mil pessoas em trinta cidades espanholas terem participado numa "bicicletada" no Domingo, dia 12, contra as alterações climáticas, o que é que podemos concluir, senão que mesmo que deles não nos venha nem bom vento nem bom casamento, alguns bons exemplos nos vão chegando?
3 comentários:
Tambem li esta noticia e pensei logo em comenta-la no Cantaro!Ainda bem que o fizeste porque pelo andar do meu tempo seria mais um texto que teria ido para o esquecimento da minha lista de afazeres!!eheh!
Gostei particularmente do pormenor quando dizem que este ano a transumancia teve der ser adiada algum tempo devido à construção de uma nova estrada que impedia a passagem do rebanho!Talvez não fosse má ideia os (poucos) pastores que cá existem fazerem uma acção semelhante em lisboa!!Podem não ser 100mil cabeças, podem nem chegar às mil, mas o efeito surpresa iria causar grande impacto. Talvez a Plataforma possa pensar em dinamizar uma ideia destas,hein?!
Pois a mim estas notícias de Espanha não me espantam.
Passei há pouco tempo uma semana na Comarca de Sayago, Norte de Espanha, que percorri na quase totalidade e desafiei o pessoal que ia comigo a tentarmos descobrir um pinheiro bravo ou um eucalipto para fotografar porque me pareceu que seria uma raridade, digna de figurar na secção "insolite" de L'Internaut.
Curiosamente, não descobrimos um único exemplar de qualquer das espécies. Em seu lugar, deparámos com azinheiras, teixos e Zimbros de grande porte, cuidadosamente tratados e com um aspecto algo semelhante a árvores nipónicas.
Ultrapassada a fronteira para terras lusas não se passaram 5 minutos que não começassem a surgir milhares de pinheiros e eucaliptos, uma autêntica praga apesar do que já ardeu.
Reflectindo sobre o assunto dei comigo a pensar como não havemos de ter incêndios se não fazemos outra coisa do que semear pólvora em tudo quanto é sítio e que foi poupado pelo asfalto e pelo betão?
Vem varios bons exemplos que deveriam ser seguidos, mas "por mal dos nossos pecados", so se copiam ou maus exemplos, de Espanha e tambem da America.
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