interessante, de Vital Moreira no Público de hoje. Sobre o império dos automóveis nas cidades. Sobre como se faz lá fora e como se insiste em fazer cá em Portugal. Sobre a forma como as cidades portuguesas se (des)organizam ao sabor das venetas dos autarcas. Nada do que diz é novo. Mesmo assim, tudo o que diz é necessário, porque há quem insista (ainda!) que este em que vagueamos à deriva é que é o rumo certo.
Quer um exemplo? Não há melhor do que o da recentemente reanunciada mini-cidade (credo, o que não hão-de ainda inventar?) das Penhas da Saúde.
5 comentários:
Com as notícias que surgiram hoje nos orgãos de comunicação social, só me apetece perguntar... Até quando é que estas mentes brilhantes estarão no poder?!
Mais do mesmo? Já chega! Não há ninguém que reconheça o que de correcto se tem que fazer na e pela Serra?
O Dantas é um Porco...
Direi mesmo mais, João: se o Dantas é portuguez eu quero ser espanhol! E vice versa! Morra o Dantas, morra! PIM!
Parece-me que recordo Mário Viegas a acrescentar este "E vice versa!" ao manifesto.
Esse Carlos Pinto e louco! Se quer tanto o casino, porque nao o constroi ai em baixo na Covilha e deixa a "Serra" em paz.
Espero que alguem acima dele, tenha o bom senco de parar estas loucuras.
Al, não sei se será louco. Seja como for, ganhou as eleições com uma confortável maioria absoluta. É claro que isso não o torna infalível, nem legaliza automaticamente tudo o que decidir. A democracia não é a ditadura da maioria nem, muito menos, a ditadura do eleito da maioria.
Voltando ao casino, eu nem acho que o casino em si seja o mais grave. O pior é esta história da construção desenfreada nas Penhas, num projecto imobiliário que usa o casino como âncora. Caso se projectasse a construção do casino na Covilhã, isso não me mereceria comentário nenhum. Agora planear um subúrbio nas Penhas da Saúde, acho terrível. Especialmente se se tratar de um subúrbio com casino.
O projecto do casino foi autorizado pelo governo de Santana Lopes (olha quem!), numa das últimas reuniões do concelho de ministros desse governo, já bem depois de ter estrondosamente perdido as eleições (ainda pior que o caso dos sobreiros de Benavente, que foi decidido 4 dias antes das eleições). O então presidente Jorge Sampaio parou o processo, argumentando que ao novo governo devia ser dada oportunidade para deliberar sobre esta matéria. Não tenho especial fé na sensibilidade ambiental do nosso actual primeiro ministro (que ganhou muita notoriedade no tempo em que foi ministro do ambiente), e muito menos na do nosso actual presidente. Ainda há dias, Cavaco Silva pediu mais poder e mais meios para os autarcas! Credo!
Obrigado pelos seus comentários, Al. Vá aparecendo!
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