sexta-feira, setembro 22, 2006

E o que é que tu e eu podemos fazer?

Um caro amigo enviou-me a foto ao lado e o texto que se segue, sobre o Euromontana, a Quinta Convenção Europeia de Montanha, que teve lugar 14 e 15 de Setembro, em Chaves. É uma resposta eloquente à pergunta que intitula este artigo.

Eles andem aí...!

Bem gostaria de ter participado, noutros moldes, na 5ª Convenção Europeia de Montanha. Assim o tive a oportunidade de o transmitir pessoalmente a Frank Gaskell presidente da EUROMONTANA e ao secretário geral da ADRAT (Associação para o Desenvolvimento Rural do Alto Tâmega). Este último, que obviamente muito incomodado com a minha presença, simpaticamente, fez por várias vezes questão que eu participasse na convenção a custo “0”. Era uma pessoa muito prestável, demasiado prestável, por que seria?! Contudo, conforme lhe transmiti, a minha presença era mais importante fora da convenção do que lá dentro dela onde passaria desapercebido. Esta inusitada presença para a organização serviu para demonstrar o meu/nosso descontentamento pelos atentados ambientais que a SE está a sofrer, e sabia que a minha posição representava a opinião de muitos defensores/as da natureza, e em especial, do ainda pequeno movimento cívico que se está a criar em defesa da SE. Expus um cartaz de fotos e distribui folhetos bilingue em papel reciclado sobre o paradoxo entre o que actualmente se promove nas cidades para melhorar o ambiente e qualidade de vida e os atentados ambientais que se desenrolam na SE (obrigado ao ZAm e TP pela sua colaboração, na revisão e tradução dos folhetos). Tive a oportunidade de falar com alguns representantes de outros países que acharam inconcebível o que se fazia nesta suposta área natural, ao abrigo de quatro estatutos de protecção. Bem gostaria de ter-me manifestado nos dois dias dos trabalhos da convenção, mas por questões de tempo e €, apenas pude estar no dia 14 de manhã (momento de reunião apenas destinados aos representantes dos países integrantes da associação) das 8.30 até às 13.30. Apesar de tudo, tenho a profunda convicção, que incomodei e que despertei, em muitos representantes de outros países e representantes nacionais, que nem tudo são rosas em Portugal, bem antes pelo contrário, é enorme o abismo que existe entre o que se diz e o que se faz na prática. Nem todos andam a dormir. Foi um bom puxão de orelhas que a organização não estava à espera. Para próxima seremos mais… E quero acreditar que os representantes nacionais na convenção, tenham aprendido algo do que deve ser um desenvolvimento sustentável para as regiões de montanha, mas principalmente, saber o que não é Desenvolvimento Sustentável.
Luis Avelar - LA
Cá por mim, como dizia a Mafalda do Quino, uma formiga pode não conseguir parar um combóio, mas pode encher o maquinista de comichão. E acrescento: se em vez de apenas uma, forem muitas....

2 comentários:

TPais disse...

Parabens Luis pelo teu empenho nesta causa!Por mim, e penso que por todos que amam as montanhas, reconheço e agradeço o teu esforço e coragem que permitiram realizares esse acto de cidadania!
Abraço

Anónimo disse...

Parabéns ao Luis Avelar (que conheço de duas ou três conversas no rocodromo e de uma conferência na escola de hotelaria do estoril) pela acções que tem dinamizado pelas nossas montanhas. Espero que a sua acção bem como as do cântaro ganhem a visibilidade que merecem. Para varrer de uma vez a verdadeira doença que certos "senhores" são para o ambiente na serra.

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!