Hoje (dia 18) de manhã assisti ao seminário sobre Gestão e Conservação de Habitats Prioritários no Sítio da Serra da Estrela. Infelizmente, durante a tarde não pude lá ir, e é pena porque o debate agendado no programa pode ter sido muito interessante. Eu tinha algumas questões que gostava de poder ter colocado. Paciência.
Com este seminário pretendeu-se, entre outras coisas, apresentar os trabalhos realizados no quadro do Projecto Life Natureza "Serra da Estrela: Gestão e Conservação de Habitats Prioritários", que decorreu entre 2002 e 2006. Eu fiquei bastante impressionado com o que ouvi na parte a que assisti. O projecto recuperou área de cervunal, fez esforços para a conservação das turfeiras, descobriu novas áreas de teixial (infelizmente, a maioria ardeu no incêndio de Agosto de 2005), reactivou canadas invadidas por matos, recolheu várias centenas de quilogramas de lixo do planalto central... Enfim, poderia apresentar aqui um quadro mais detalhado do seminário se me tivesse sido possível assistir da parte da tarde.
Mas chamo a atenção para este projecto porque ele foi proposto pela Associação de Produtores Florestais do Paúl, tendo como parceiros o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) e outras instituições, nomeadamente a Universidade de Évora. Não sei qual foi o financiamento do projecto, mas fiquei a saber que algumas das acções envolveram verbas avultadas, nomeadamente para o pagamento de mão de obra. O que acho particularmente interessante é que este projecto foi um exemplo de como o PNSE pode ser um parceiro gerador de oportunidades e não o papão do bloqueio do desenvolvimento, como é tantas vezes apresentado por tantas personalidades, mesmo algumas com responsabilidades institucionais.
A Associação de Produtores Florestais do Paúl soube ver para lá da poeira de certos discursos e aproveitou esta oportunidade. E o resto do pessoal? Fica parado na esperança de ver a poeira assentar?
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