sexta-feira, março 24, 2006

Saudades de dias de sol

Aqui há duas ou três semanas, fui correr na minha pista de atletismo favorita, a colina da Covilhã. Comecei de manhã, cerca das 8:15, no circuito de manutenção da Covilhã, e fui subindo, subindo. O ar estava límpido, mas uma neblina matinal brilhava no fundo do vale. Quando cheguei ao alto do circuito de manutenção, a paisagem era parecida com a que mostro na foto que ilustra este artigo, mas o céu era mais azul (não, não costumo correr carregado com uma máquina fotográfica; esta fotografia foi tirada noutro dia, noutro local). Continuei a subir, devagarinho. Quando cheguei ao Alto dos Livros, abriu-se para mim o magnífico panorama para oeste. Vi a zona da Varanda dos Pastores, ainda com muita neve. Voltei a reconhecer com a vista o trajecto de um passeio que quero fazer há muitos anos, das Pedras Lavradas para a Torre, que é cada vez mais urgente porque a cumeada que percorre (a Alvoaça) será ocupada por um parque eólico a partir já do próximo Outono. Do Alto Livros, segui pela linha de cumeada para a Pedra da Mesa e para o Alto de Piçarrinhas, o ponto mais elevado da colina da Covilhã. Aqui, parei alguns minutos para descansar um pouco e beber água. Para leste despontava ao longe, sobre a neblina do vale, a Sierra da Gata e, ainda lá mais ao fundo, a Sierra de Gredos, a neve brilhando ao sol. Recuperado o fôlego, iniciei a descida. Foi uma boa corrida (fiquei o resto do dia a meio-gás), um total de 16km, durante quase duas horas. Desnível acumulado: 460m. Ou seja, um jogging matinal equivalente a uma travessia da Serra da Arrábida...
E o que é que os leitores do Cântaro Zangado têm que ver com o meu jogging? Nada, desculpem. Mas é que já há tantos dias que não pára de chover... Bem sei que a água faz falta mas podia cair como neve... Ou só durante a noite.

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Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!