Há dias fiz aqui um comentário a mais uma situação de lixo espalhado no Covão d'Ametade. É justo agora dar também a informação que esse lixo foi todo removido e que o local que fotografei se encontra agora imaculadamente limpo, de acordo com o que me disse o meu comparsa TPais, que passou lá o fim de semana. É ainda mais justo voltar a este assunto porque o Diário XXI refere hoje, na secção "Na Internet", a denúncia que fizemos da situação.
Já agora, aproveito para mais alguns apontamentos. Vivemos neste planeta (e neste país), somos como somos. Não adianta nada sonhar com amanhãs gloriosos em que, fruto de campanhas de sensibilização, todos os visitantes da serra (e do Covão d'Ametade em particular) terão o cuidado de deixar os locais que visitam tão ou mais limpos do que os encontraram. Nem realisticamente podemos imaginar que conseguimos pagar vigilantes em número suficiente para reprimir, de forma significativa, os poluidores, até porque as verbas necessárias para tal seriam muito melhor gastas num sem número de outras necessidades.
Estas situações vão, pois, continuar a ocorrer. Com mais ou menos frequência, mas continuaremos no futuro, de vez em quando, a encontrar os nossos locais favoritos em estado lamentavelmente sujo. É então necessário definir um esquema de limpeza dos locais que aproveite o melhor possível os escassos meios (técnicos, humanos, financeiros) de que dispomos. E um esquema que obrigue ao esvaziamento diário de caixotes do lixo espalhados pelo recinto do Covão d'Ametade (ou pelo planalto da Torre) é, claramente, um que não conseguiremos manter ou, a conseguir mantê-lo, é um que constitui um desperdício muito discutível de recursos.
Não acredito que o problema do lixo na serra se resolva apenas com chamadas de atenção aos visitantes, mas não afirmo que essas chamadas de atenção sejam inúteis. Assim, e voltando ao Covão d'Ametade, sugiro que se aproveite um dos placards informativos que estão instalados na entrada (dois deles não apresentam ainda nenhuma informação) para apelar de forma enfática e bem visível ao civismo dos visitantes, pedindo-lhes explicitamente que tragam os seus lixos para os contentores colocados no parque de estacionamento.
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