terça-feira, novembro 25, 2008

Nota de imprensa da ASE

Nota de imprensa da Associação Cultural Amigos da Serra da Estrela a propósito do anúncio de venda dos edifícios militares da Torre:

VENDA DOS EDIFÍCIOS MILITARES DA TORRE – SERRA DA ESTRELA

O território do planalto da Torre, na Serra da Estrela, é pertença dos baldios de 4 freguesias: Alvôco da Serra e Loriga, do concelho de Seia; S. Pedro e Unhais da Serra, respectivamente dos concelhos de Manteigas e da Covilhã.

Em finais dos anos 50 do século XX, o Estado Português tomou posse duma vasta área daquele espaço, para aí instalar a Esquadra nº 13 do Grupo de Detecção Alerta e Conduta de Intercepção que, entretanto, acabou por ser desactivada no início da década de 70 desse século, por razões técnicas e operacionais.

A partir da desactivação e do desinteresse manifestado pelo Estado em manter ali qualquer base militar, cessam, no entendimento da ASE, quaisquer direitos de transacção dos terrenos ou negociação que envolvam esses mesmos direitos.

Parece-nos justo que deixando aquela área de ter o interesse militar para que foi desanexada os terrenos regressem à gestão dos seus titulares, pelo que o anúncio, tornado público, da venda dos edifícios militares, sem que para o efeito se invoque o direito dos Concelhos Directivos dos Baldios – titulares no âmbito da Lei dos Baldios – a serem ouvidos no processo é uma injustiça e um atentado aos Direitos consagrados na Constituição da República.

A ASE entende que a venda dos edifícios poderá estar ferida de ilegalidade, uma vez que se desconhece qualquer venda ou doação, para outros fins que não os militares, com a agravante do futuro objecto dos imóveis virem a parar a mãos privadas e assim abrir um precedente muito grave no Parque Natural da Serra da Estrela.

A ASE considera importante que o Parque Natural da Serra da Estrela informe quais as condicionantes e funções que os edifícios poderão vir a merecer para que depois não surjam motivos de contestação que poderão ser lesivos da imagem da Serra da Estrela pela polémica que uma transacção menos transparente poderá gerar na sociedade portuguesa.

Serra da Estrela, 25 de Novembro de 2008
A Direcção da ASE

3 comentários:

Anónimo disse...

o ministerio da defesa é um autentico "aspirador" de riqueza nacional,nada produzem e tudo "mamam".Os ordenados dos tenenentes coroneis,majores, capitães e restantes hierarquias podem ser considerádos bastante generosos,inclusivé conheço casos de individuos que são meros estofadores do exercito com a antiga quarta classe com ordenados acima de mil euros,sei de reformados do exercito,tambem com a quarta classe,que na sua "vida activa" trabalhavam perto de cinco horas diárias, com a função de operadores de telefone, e que hoje oferem de uma reforma perto de dois mil euros.Resumindo,reunindo todos os actuais funcionários do ministerio da defesa (força aerea,marinha,exercito) são perto de quarenta mil individuos,mais outros tantos ex-funcionarios é natural que um pais tão pequeno como o nosso e com fracos recursos não produza riqueza suficiente para pagar uma "mama" tão gigantesca quer em ordenados,pensões e regalias sociais a individuos que nada produzem e tudo consomem,portanto,paga o contribuinte trabalhador ,as empresas,mas como esses tambem já estão a ficar sem dinheiro (é a crise),então o ministerio da defesa está a vender todo o seu patrimoneo,chegou tambem a vez da serra pagar a "mama",ninguem escápa,há pois é !!!

ljma disse...

Como em todo o lado, haverá gente mais e menos escrupulosa entre os militares. Recordo a atitude do general Ramalho Eanes que recusou uma reforma de que os restantes ex-presidentes usufruem.

Quanto ao que agora está em questão, não é de a serra pagar a "mama". Pagámos (não nós, mas os nossos pais) foi quando os senhores da força aérea resolveram criar uma aberração cuja utilidade pode ser avaliada pela rapidez com que foi abandonada. Foi mais uma chinesice, como a do teleférico, como a da estrada nacional pela Torre, como a dos centros comerciais lá no alto. Pagamos com dinheiro dos nossos impostos, pagamos com degradação paisagística e ambiental e com o lucro que não temos por não se desenvolver, à conta destas apostas tão originais, um turismo a sério, como o que existe nas outras montanhas, com neve e sem neve.

Na minha pessoalíssima opinião, há agora condições para se repor alguma sanidade nesta loucura toda: removam-se aqueles mamarrachos, tal como se removeram as instalações do teleférico. Seria um pequeno passo na direcção que considero correcta.

Saudações!

Anónimo disse...

"mamam"todos,inclusivé o ramalho eanes,toda a sua familia que tambem ofere das mesmas regalias sociais da do general !!!
o pais paga,as empresas pagam,os trabalhadores pagam,mas eu, não pago,já sai de portugal á muito tempo,vivo na suecia,foi a melhor decisão que fiz na vida,não me arrependo nem um segundo !!!
salvem o pais e já agora a serra da estrela

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!