segunda-feira, novembro 26, 2007

"Eles estão doidos!"

António Barreto deixou no Público de ontem, na sua habitual crónica de Domingo, um texto de revolta contra as leis e regulamentos que, permitindo a alimentação de plástico e a higiene de plástico da fast-food e dos hipermercados, cada vez mais condiciona ("para nosso bem, pois claro", ironiza) os produtos tradicionais e as formas tradicionais de os produzir e distribuir. Copiei-lhe o título.

Pelo que tenho ouvido a produtores artesanais aqui da Serra da Estrela, não podia estar mais de acordo com ele. Aliás, as coisas estão de tal maneira que duvido muito que um queijo de ovelha da Serra da Estrela, produzido no rigoroso cumprimento de todas as inúmeras regrazinhas que agora regulam a manufactura e distribuição dos produtos alimentares, saiba a queijo da serra. Isto, admitindo que haja alguém, em toda a volta da Serra, que tenha instalações que cumpram todos aqueles requisitos. Ou muito me engano, ou um queijo produzido como "manda a lei" não é um queijo produzido com métodos tradicionais, não é um queijo tradicional.

Para mal dos nossos pecados, não bastava o zelo com que, neste domínio, se inventam as leis mais insanas e aberrantes (insanas e aberrantes, sim; basta pensar na que proíbe os galheteiros de azeite nos restaurantes!), criou-se para as aplicar a polícia (a ASAE) que mais entusiasmo tem demonstrado no cumprimento da sua missão!

Os assinantes do Público podem ler o artigo aqui. Os restantes podem encontrar alguns excertos no Saúde Ambiental.

Sem comentários:

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!