segunda-feira, outubro 22, 2007

20 de Outubro

200 participantes, com idades entre os 4 e os 88 anos; 8.000 carvalhos-negral jovens (dos quais três mil foram oferecidos pelo Parque Natural da Serra da Estrela) transportados para locais de difícil acesso por um helicóptero da Força Aérea; 7.000 efectivamente plantados (os mil restantes serão plantados brevemente); 5.000.000 sementes de bétula lançadas ao solo; jantar para todos no final do dia. Foi mais uma iniciativa integrada no programa "Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela", promovido pela Associação Amigos da Serra da Estrela (ASE). Por terem apoiado, patrocinado, participado ou, apenas, acarinhado, a ASE agradece às seguintes entidades: Força Aérea Portuguesa, Parque Natural da Serra da Estrela, Câmara Municipal de Manteigas, Conselho Directivo dos Baldios de São Pedro, Direcção Geral dos Recursos Florestais, Junta de Freguesia de São Pedro, Junta de Freguesia de Santa Maria, Federação dos Produtores Florestais de Portugal, Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada, Programa Gulbenkian Ambiente, Continente, Visão, Clube de Actividades Ar Livre, Clube de Montanhismo da Guarda, Associação Distrital dos Agricultores do Distrito da Guarda, Unicer Distribuição de Bebidas, SA, Silvapor – Agricultura e Silvicultura, Lda, CAULE – Associação Florestal da Beira Serra, Biosfera – Associação Florestal Caça e Pesca, ADRL / Cooperativa 3 Serras, Associação Florestal de Mortágua, Dão Flora Associação de Produtores Florestais de Penalva do Castelo, Piunus Verde, Associação de Produtores Florestais de Figueira de Castelo Rodrigo, Queiró – Associação para a Floresta, Caça e Pesca, Croflor, Associação de Produtores Florestais viva Fernão Joanes, Piscotávora – Associação de Produtores Florestais. O Cântaro Zangado quer ainda agradecer à ASE.

Veja aqui a notícia que a SIC fez desta autêntica festa.

9 comentários:

TPais disse...

O convivio com a Natureza deve ser mesmo visto como uma festa, uma celebração, um bem estar, um prazer e não como uma obrigação de "picar o ponto" tirar a foto e regressar a casa para dizer a toda a gente que já estivemos na torre e "vimos a neve". E é neste sentido que o turismo na serra deve ser equacionado não no sentido do rápido acesso e rápido abandono...
Ninguem que realmente aprecie vinho, o bebe à pressa!Porque haveremos então de promover o convivio rápido com a Serra em detrimento do tranquilo e do que permite maior "sabor"?

Anónimo disse...

Foi de facto uma bela jornada.Só de Lisboa, do CAAL, fomos 60! Uma complexa e perfeita organização colocou no terreno 5 equipas mistas de montanheiros e sapadores, que se revelarem altamente eficazes e de grande entreajuda entre os seus membros. E os resultados falam por si. Só no meu ponto, o heli fez 4 descargas e no total foram plantadas 7000 árvores. E que é feito do pessoal da zona? Por andam as associações, os clubes, os escuteiros, as autarquias, enfim, as pessoas da Serra? Espero encontrar-vos na próxima...
Um abraço

ljma disse...

E por onde andei eu, aqui tão perto, mas que não pude comparecer? Na próxima vez, oxalá, José Veloso! Até sempre!
José Amoreira

Anónimo disse...

Olá José Amoreira:

Claro que se não foi desta, na próxima será! Com gente que ama a serra, não estiveram ontem, mas estão amanhã.

Depois há as grandes organizações como Quercus, LPN e outras, sempre na 1ª linha das fotografias, das plataformas, das rádios e das tvs,sempre pertinho do poder e dos apoios, mas nunca os vi promover a campanha 1Milhão de Carvalhos, nunca os encontrei a plantar seja o que for na serra da estrela; e olha que não é por falta de convites e avisos... Mas isto do plantio cansa, dá trabalho e suja as mãos... ou será só maldizer meu?

Se alguém das plataformas ou das organizações citadas me ler, certamente que numa próxima acção de plantio me desmentirá, organizando uma forte participação dos seus membros na Serra da Estrela. A serra agradece e eu darei a minha mão à palmatória...

Esperemos para ver.
Um abraço
José Veloso

TPais disse...

Gostava de recordar que a ASE faz parte ela própria da Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável na Serra da Estrela. Um dos objectivos iniciais desta Plataforma era criar uma maior dinamismo do movimento associativo ambiental para a protecção da Serra da Estrela. Do meu ponto de vista este objectivo foi parcialmente conseguido, pelo menos acredito que a situação nesse aspecto é bem mais positiva do que há um ano atrás aquando da criação da PDSSE. Se não vejamos: A Quercus local e central ficaram muito mais conscientes do problema existente na serra e mais vocacionadas para intervir na sua defesa; A LPN, embora já bastante informada sobre o assunto renovou algum entusiasmo e vontade de intervir; A SPEA ficou a conhecer uma realidade que desconhecia quase por completo; pessoas individuais ganharam nova consciencia para a necessidade de se manifestarem mediante as atrocidades que se vem a cometer na Serra da Estrela; a própria Desnivel (associação de desportos verticais) assumiu a sua responsabilidade e interesse em intervir na protecção de um local que é "palco" de inumeras actividades por parte dos seus associados; a própria ASE terá ganho renovada energia e animo para intensificar a sua luta na defesa dos valores Serranos; a ADAG- associação distrital dos Agricultores da Guarda, plenamente consciente da importancia da saude do ambiente na sua actividade integrou a PDSSE na espectativa de tornar mais visiveis os problemas que a afectam, visibilidade esta que é fundamental para a consciencilização dos problemas da Serra e para o inicio da sua resolução.
No entanto, creio ser de acordo geral que o associativismo em portugal já viu melhores dias e embora a PDSSE tenha dado os primeiros passos na direcção do envolvimento de mais associações ambientais na defesa da Serra e no alerta/sensibilização para os problemas da Serra, a verdade é que existe uma escassez de recursos humanos brutal e a "carroça" vai sendo puxada principalmente por dois/tres carolas que por paixão vão fazendo o esforço.
A PDSSE não é uma associação, é um conjunto de associações e cidadãos individuais sendo que cada um é um pedaço da Plataforma. As associações mantem a sua independencia e o facto do nome da Plataforma não aparecer escarrapachado como apoiante oficial da Campanha dos Carvalhos é muito pouco relevante já que desde o primeiro dia que a ASE apresentou a campanha aos restantes membros da PDSSE, ela foi recebida com entusiasmo e satisfação tendo havido contributos individuais dos seus membros para a campanha tanto na fase da apanha da bolota como da plantação dos Carvalhos. Simplesmente não temos tshirts a identificarmo-nos como elementos da PDSSE, mas mais uma vez realço que a ASE é um membro activo da PDSSE e da qual todos os membros tem orgulho no trabalho por ela desenvolvido.
Termino sublinhando aquilo que muitos dos que trabalham na área associativa voluntária sabem que é: muito do trabalho realizado pelas asssociações, se não mesmo a maior parte, é feito nos bastidores e não chega necessáriamente ao conhecimento do publico em geral. Aliás, nem é essa a nossa intensão. A intenção é dar visibilidade aos problemas e não à plataforma em si. Quando muito haverá interesse em dar visibilidade ao crescimento da conseciencia ambiental da população como forma de pressão sobre os decisores institucionais.
Creio por isso que neste caso não existe lugar a grandes criticas à actuação da Platforma em si, embora todos os seus membros estejam conscientes que muito mais pode e deve ser feito pela defesa da Serra e eu em particular seja da opinião que as proprias ONG's podem contribuir mais mesmo que de forma independente.

Abraço
Tiago Pais

Anónimo disse...

Olá Tiago:
Sem comentar o que escrevi, sem respeitar o tema lançado,sem me corrigir, o Tiago escreve sobre os objectivos da pdssa, suas vantagens, verdades e virtudes, coisas que eu, Deus me livre, não abordei. Não costumo falar do que não sei.
Na única referência ao dia 20, o Tiago diz que "neste caso não existe lugar a grandes criticas à actuação da Plataforma em si..." Oh Tiago, assim não vale! Não fiz, nem faço, pequenas ou grandes críticas à actuação da Plataforma em si. Eu não falo do que não sei, repito.

Eu respeito os "fios" que o(s) administrador(es) lançaram. E este fio, tem o simples título 20 de Outubro e trata uma bela acção chamada "1 Milhão de Carvalhos para a Serra da Estrela". E nessa acção do dia 20, nas outras 6 acções em que participei colectivamente na campanha passada, nas outras vezes ainda em que a título particular fui à serra ajudar com mais umas arvorezitas, nunca vi as grandes organizações que citei - Quercus ou LPN - promover a campanha 1Milhão de Carvalhos, nunca os encontrei a plantar seja o que for na serra da estrela; E disto eu sei, disto eu falo! Foi isto que escrevi, tão só isto, e como gostava que estivesse errado! E notem que esta campanha nem sequer aparece nos sites destas organizações.

1 Milhão de Carvalhos - é este o tema, é este o assunto, é sobre isto que eu espero ler outras "vozes" e outros comentários. De resto, dos outros, esperemos para ver.
Um abraço
JV

ljma disse...

Parece-me que tanto a Plataforma pela Serra da Estrela (à qual a ASE também pertence) como todas as associações que a integram (destaco a LPN e a Quercus porque foram estas as referidas, mas há outras) têm o maior carinho pelo programa e fazem o que acham que podem para o apoiar.

Acontece que a Quercus tem um núcleo residual (se é que chega a tanto) aqui na Cova da Beira (ao qual também pertenço). Da LPN nada sei, mas imagino que o panorama seja semelhante ao da Quercus. Por estas ou outras razões, essas grandes associações nacionais não têm participado tão activamente, pelo menos nas iniciativas com maior exposição mediática. Parece-me (talvez só por isso) que a sua contribuição tem sido menos empenhada do que, por exemplo, a do CAAL. Quanto aos clubes locais, escuteiros, etc, lá terão as suas razões...

Mas parece-me que nestas coisas não vale muito a pena criticarmos os que não estão ou estiveram, cada um que faça o que puder e quiser... E o que se fez até agora já não é nada pouco, em grande medida graças ao empenhamento do CAAL.
Obrigado!
José Amoreira

TPais disse...

Concordo Veloso, não vale a pena estarmos aqui com paninhos quentes! Também sou da opinião que as grandes e não tão grandes associações podiam fazer mais pela defesa da Serra. O que se passa neste momento, parece-me, é que as grandes estão demasiado embrenhadas em questões de fundo como OGM, nuclear, barragens tornando-se reféns da trama politica dos grandes políticos e as pequenas são praticamente inoperantes. As grandes organizações, na minha opinião, estão assim paralisadas no que concerne às questões mundanas e de índole regional com a agravante de haver uma crise enorme de participação cívica e de fundos a nivel das pequenas associações ou mesmo dos nucleos locais das grandes associações!
Portanto, na realidade acho que a critica deve ser generalizada à sociedade que padece de uma apatia como já não se via...bom, não tenho memória de quando alguma vez estivemos enquanto povo, tão apáticos!
Abraço

TPais disse...

Queria só acrescentar uma coisa. Na minha opinião todas as criticas são bem vindas.É saudável sabermos viver com elas, não foi por acaso que na minha 2ª intervenção referi "neste caso não existe lugar a grandes criticas", aqui o ênfase deve ficar no "neste caso". A capacidade de aceitar criticas significa capacidade de evoluir e melhorar, por isso espero que elas apareçam sempre.

Quanto à campanha, estou convicto que este ano vai ser ainda melhor sucedida do que o ano anterior e mais benéfica para a natureza da Serra e por consequência para todos nós.
Abç

Algarvear a Serra da Estrela? Não, obrigado!