Li num livro sobre a Sierra de Gredos (montanha vizinha da Serra da Estrela, a sua "hermana mayor", como lhe chamou o TPais aqui) que no início do sec. XX restavam por lá apenas umas dez ou vinte cabras-montês (Capra hispanica victoriae). Hoje em dia contam-se perto de dez mil, como as que o Tiago fotografou no fim de semana passado.
Alguma vez teremos uma história como esta para contar sobre o Parque Natural da Serra da Estrela (não necessariamente com cabras, podia ser com cervos, veados, lobos, genetos, saca-rabos, raposas, esquilos, carvalhos, teixos, gaios, cucos, trutas, lontras, lagartixas, salamandras, morcegos, águias-de-bonneli, sei lá eu!)? Este exemplo tão próximo mostra que não é impossível.
Serei radical, mas parece-me que, se o desejamos, teremos que fazer alguma coisa por isso e teremos que deixar de fazer tudo o que fazemos contra isso.
Ou então, podemos simplesmente continuar a apregoar que aqui é "onde a natureza vive," a falar do "espaço natural por excelência" que é a Estrela, do "ambiente intocado" dos nossos vales e cumeadas, da imponência ancestral dos montes hermínios, da necessidade dos vultuosos investimentos no sector turístico (neste original sector turístico que temos, especificamente), necessários para a valorização da nossa região e para contrariar a desertificação.
A ver no que dá...
1 comentário:
só uma pequeníssima correcção.Embora tenha sido eu a divulgar as fotos das cabras e da paisagem de Gredos, a verdade é que as fotos foram tiradas por várias pessoas que me acompanhavam, e não eu.ehhe!
O seu a seu dono.
Abraço
Enviar um comentário