Quais são os impactos ambientais do funcionamento da estância de esqui da Turistrela? Qual a sua gravidade? Que medidas podem ser tomadas para diminuir esses impactos? Essas medidas estão a ser tomadas? Se a capacidade da estância, medida pelo número de esquiadores por hora que os meios mecânicos instalados permitem satisfazer, for duplicada, com a redistribuição dos teleskis existentes, isso não aumentará os impactos e a sua gravidade? Já alguém fez estudos sérios para dar respostas sérias a estas questões? É aceitável que ainda não tenham sido feitos? É aceitável que continuemos sem os fazer, agora que se considera a redistribuição dos teleskis?
Com todas estas perguntas, onde quero chegar é ao seguinte: quanto a mim, não só deviam ser obrigatórios os estudos de impacto ambiental para as obras que a Turistrela quer realizar agora a curto prazo, como devia ser obrigatório um estudo de impacto ambiental para o próprio funcionamento regular da estância, com ou sem obras.
Deixemo-nos de lirismos, o respeito pelo ambiente tem um preço. A concessionária exclusiva do turismo e dos desportos no Parque Natural da Serra da Estrela está, ou não está, disposta a pagar a sua quota? Em função da resposta que dá a esta pergunta, ela merece, ou não merece, essa concessão?
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