Há alguns dias, escapuli-me para a Serra. Saí de manhãzinha do Covão d'Ametade, subi pelo trilho (apanha-se este trilho no lado esquerdo do açude que há lá ao fundo, do lado oposto à estrada) até ao Covão Cimeiro (ao que ouvi dizer, este local é reserva integral. Por favor não saia do
trilho), continuei a subir até ao topo do Cântaro Gordo. Aí chegado, passei a pequena (e aérea)
portela para o corpo principal do maciço central e aproximei-me da estrada nacional na proximidade do cruzamento para a Torre. Atravessei a estrada e apanhei a Rua dos Mercadores, até perto da Santa, onde me reabasteci de água. Continuei o passeio pelo trilho que desce da Santa até à Nave de Santo António (esta canada foi recentemente limpa do mato que a invadia pela Associação de Produtores Florestais do Paúl) e daí regressei ao Covão d'Ametade. Vim almoçar a casa. Distância percorrida: cerca de 10km, não mais do que 300m em estrada. Duração: três horas e pico.
Enchi os olhos de flores e bichos, os pulmões de ar puro, a alma (ou lá o que raio é) de liberdade. As fotos que aqui incluo foram todas tiradas nesse dia. Além da Serra das flores (acho que esta à esquerda foi escolhida como logotipo da Câmara de Seia, e que feliz escolha!) e dos animais (só consegui desta vez apanhar o chasco cinzento que aparece na foto do cimo, à esquerda), pude "usufruir" (não é possível escapar-lhe, essa é que é a verdade!) da Serra do desenvolvimento, da Serra do turismo triste, da Serra dos projectos "sem impactos ambientais". Dou uma amostra à direita e em baixo (fotos tiradas na zona da estância de esqui). Prefiro poupar os leitores às fotografias que tirei aos bocados de trenós, aos plásticos, aos sacos com lixo de piqueniques, enfim, às "flores" que infestam a zona da Torre.
3 comentários:
Devo acrescentar que toda a belissima zona das lagoas do serrano, do quelhas e todos os pequenos lagos por aí existentes, se econtram pejados de sacos plásticos (de todas as cores), sejam a boiar sejam pendurados nas urzes das suas margens. Passei lá a semana passada e numa extensão de pelo menos 2km antes da Torre é impossivel não ter sempre ao alcance da vista do caminhante mais miupe um saco plastico a esvoaçar! Realço que noto grande envolução neste panorama (para pior claro) desde o Verão do ano passado, altura do meu ultimo passeio por esta zona. Talvez se deva ao concorrido Inverno que a Torre teve este ano com mais dias de neve que o habitual!
não é uma alvéola branca é um chasco cinzento... Oenanthe oenanthe
Tiago, infelizmente, o cume desta serra é um local a evitar. Enquanto assim fôr, isto é uma tristeza...
Anonymous, estive a ver o meu guia de campo (de John Gooders) e parece-me que tem toda a razão... Muito obrigado pela correcção. Bem, a verdade é que não percebo patavina disto, mas ando a aprender, aos poucos... E hoje aprendi um novo: o oenanthe oenanthe. Estou enganado, ou trata-se de uma fêmea? Só mais uma questão: a alvéola branca não é um pássaro comum na serra, ou ando a confundi-lo desde sempre com o chasco cinzento?
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