Vem a propósito a cena da tempestade do filme "Sonhos" de Akira Kurozawa.
Podemos encontrá-la no Youtube: parte 1, parte 2, parte3.
Já agora, aproveito para recomendar vivamente todos os filmes deste realizador japonês, especialmente, pelo tema que aborda, o magnífico "Dersu Uzala".
Pois também me parecia um simples rato do campo, mas da forma como vocês estavam a comentar, pensei por momentos que fosse um animal raro dos nossos montes.
Pobre ratinho deve estar literalmente congelado :(
Os nossos comentários pareceram assim a modos que uma tempestade num copo de água, não foi? Foi sem querer. Mas a questão é que o ratinho parecia mesmo feliz, calmo, parecia estar apenas a dormir num sítio quentinho e onde se sentisse seguro.
O episódio da tempestade do filme do Kurosawa é sobre esse aspecto quase tentador da morte. E podemos considerar a morte aqui num sentido metafórico. É tão mais confortável não ligar, deixar-se ir na modorra do dia a dia, não se envolver, não participar, não arriscar... Ao fim e ao cabo, não viver, sequer.
Para mim que durante estes meus 25 anos de vida já encarei a morte de diferentes maneiras, sinto-me tendada a ver essa cena do filme o quanto antes...mas... neste momento a forma de encarar a morte não tem sido a melhor. Deixo para outra altura. Fico por aqui a olhar para o pequeno rato com imensa vontade de o pegar nas minhas mãos e aquecê-lo...
A tranquilidade que aquela pequena criatura deixava transparecer foi o suficiente para que ninguém a ousa-se incomodar. Estando esta mesmo no meio do caminho ...
Também não conheço o filme, mas já o apontei na lista ;)
8 comentários:
É verdade!
Por acaso também encontrei essa criatura quando ia para os corredores do covão do ferro faz amanha 8 dias.
Bingo, Tiaguss! Eu cruzei-me com ela na segunda feira de manhãzinha quando ia ao mesmo. E tão confortável que ela estava, tão aconchegada...
Temos tempo para tanta paz, tanto conforto, quando chegar a nossa hora. Por enquanto, venha o vento, o frio, o esforço, o desconforto!
Desculpem a minha ignorancia mas isto é um animal morto, cero? Mas não consigo perceber que animal é!
Boa noite, famel! É só um ratinho vulgar (acho eu, que não sei distinguir um ratinho vulgar de um invulgar).
Pois também me parecia um simples rato do campo, mas da forma como vocês estavam a comentar, pensei por momentos que fosse um animal raro dos nossos montes.
Pobre ratinho deve estar literalmente congelado :(
Os nossos comentários pareceram assim a modos que uma tempestade num copo de água, não foi? Foi sem querer. Mas a questão é que o ratinho parecia mesmo feliz, calmo, parecia estar apenas a dormir num sítio quentinho e onde se sentisse seguro.
O episódio da tempestade do filme do Kurosawa é sobre esse aspecto quase tentador da morte. E podemos considerar a morte aqui num sentido metafórico. É tão mais confortável não ligar, deixar-se ir na modorra do dia a dia, não se envolver, não participar, não arriscar... Ao fim e ao cabo, não viver, sequer.
Saudações!
José Amoreira
Para mim que durante estes meus 25 anos de vida já encarei a morte de diferentes maneiras, sinto-me tendada a ver essa cena do filme o quanto antes...mas... neste momento a forma de encarar a morte não tem sido a melhor. Deixo para outra altura. Fico por aqui a olhar para o pequeno rato com imensa vontade de o pegar nas minhas mãos e aquecê-lo...
A tranquilidade que aquela pequena criatura deixava transparecer foi o suficiente para que ninguém a ousa-se incomodar. Estando esta mesmo no meio do caminho ...
Também não conheço o filme, mas já o apontei na lista ;)
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